O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Gilmar
Mendes reconheceu que a ação de impugnação do mandato da presidente Dilma
Rousseff corre o risco de se tornar inócua e que não há prazo para concluir a
análise sobre o pedido apresentado pelo PSDB. Essas declarações do ministro
foram publicadas no jornal “Valor econômico”, nesta quinta-feira (27/9).
Segundo Gilmar, o limite temporal é o mandato e é preciso instaurar a ação, “sob pena de ela não ser efetiva”, disse. Para o ministro, provas de suposto financiamento ilícito da campanha devem ser produzidas “na instrução processual” e que um dos fundamentos “justamente sugere a corrupção na Petrobras”.
Gilmar citou o depoimento do ex-diretor da estatal Paulo
Roberto Costa, do dono da UTC, Ricardo Pessoa: “Então, no meu voto, eu chamei a
atenção para isso. Não se justificava indeferir a ação com o argumento de que
não juntaram provas. Que provas as pessoas podem juntar?”, questionou. Ele fez
uma referência à relatora da ação Maria Thereza de Assis, que pediu o
arquivamento do caso.