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Executivo da Andrade Gutierrez cita Lobão como destino de propina

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O executivo da Andrade Gutierrez Flavio David Barra, preso na 16ª fase da Operação Lava-Jato, confirmou em depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (30) que o presidente da UTC, Ricardo Pessoa, pediu uma contribuição para o PMDB ao consórcio responsável pelas obras de Angra 3. Segundo Barra, a doação era em nome do senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia.

Segundo os advogados da Andrade Gutierrez, Roberto Telhada e Edward Carvalho, David Barra teria se negado a pagar. "Nessa reunião, Ricardo Pessoa disse que Edison Lobão desejava uma contribuição financeira. Meu cliente (Flávio Barra) disse que a Andrade Gutierrez não pagaria nada. Dalton Avancini disse que também a Camargo Corrêa não pagaria a propina a Lobão", afirmou Edward Carvalho, que participou do depoimento do executivo.

O empresário Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa, disse em seu termo de delação premiada que nessa reunião, que ocorreu em agosto de 2014 entre as empreiteiras Camargo Corrêa, UTC e Andrade Gutierrez, teria sido discutido também o pagamento de propinas de 1% do montante do contrato para o PMDB e dirigentes da Eletronuclear.

O advogado do senador Edison Lobão (PMDB-MA), Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que não vai comentar o depoimento de Flávio Barra porque ele foi baseado em delações premiadas dos empresários Ricardo Pessoa e Dalton Avancini, cujo teor não foi liberado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).


Informações do Portal Brasil 247