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PF deflagra 15ª fase da Operação Lava Jato

O ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada foi preso em casa nesta manhã

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O ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada foi preso em casa nesta manhã de quinta-feira (2/7) na 15ª fase da Operação Lava Jato. Zelada será encaminhado para a carceragem da PF em Curitiba.Zelada substituiu Nestor Cerveró, no cargo, e atuou na empresa entre 2008 e 2012, que está preso no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

O procurador da Força-Tarefa do Ministério Público Federal, Carlos Fernando dos Santos Lima, disse em coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira (2/7) que Zelada efetuou transferências para contas bancárias na China e também na Suíça. Segundo o procurador do MPF Zelada teria movimentado 11 milhões de euros ilegalmente em Mônaco, já bloqueados e 1 milhão de dólares na China. “Indica continuidade de crime de lavagem e tentativa de proteção desses valores para impedir que a Justiça alcance”, disse Carlos Fernando. Algumas movimentações financeiras ocorreram em julho e agosto de 2014, após a deflagração da Operação Lava Jato. Segundo o procurador, o saldo bancário de Zelada seria incompatível com a renda dele. O MPF diz que ele tinha salário mensal na Petrobras de R$ 100 mil.

A Policia Federal cumpriu cinco mandados judiciais no Rio de Janeiro e Niterói: Quatro de busca e apreensão e um de prisão preventiva, dirigida a Zelada. Segundo comunicado da PF, os investigados responderão pelos crimes de corrupção, fraude em licitações, desvio de verbas públicas, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

A defesa de Zelada considerou a prisão desnecessária, e que a liberdade do ex-diretor da Petrobras nunca representou risco.

O ex-diretor da área internacional da Petrobras foi citado pelo delator Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal, que cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro, como um dos beneficiários do esquema de corrupção na Petrobras.

O ex-gerente de Serviço da Petrobras Pedro Barusco afirmou que Zelada foi beneficiado à época em que era gerente geral de obras da Diretoria de Engenharia e Serviços. Todavia, Barusco não soube informar se Zelada continuou a receber vantagens indevidas no cargo de diretor da área Internacional.

Há menos de um mês, 19 de junho, foi realizada a 14ª fase da operação Lava Jato, batizada de 'Erga Omnes', que cumpriu 59 mandados em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.  Na operação foram presos  os presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht e o presidente da Andrade Guitierrez, Otávio Marques de Azevedo, além de executivos de ambas as empreiteiras.