ASSINE
search button

Senadores destacam entendimento para votação de reforma política

Compartilhar

Há um clima de harmonia entre os Poderes para avançar na discussão sobre a reforma política, em tramitação no Congresso. A avaliação foi feita nesta quarta-feira (24) pelos senadores Romero Jucá (PMDB-rr) e Jorge Viana (PT-AC) após reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Na quinta (25), às 11h30, os senadores encontram-se com a presidente Dilma Rousseff para debater o tema.

Relator da comissão temporária da reforma política, Jucá disse esperar de Dilma uma visão sobre o tema que ajude na rápida aprovação da matéria. Afirmou ainda que o trabalho da comissão temporária que debate a reforma está sintonizado com a Câmara dos Deputados, em que vigora um esforço coletivo para entregar a sociedade mudanças na forma de fazer política, gastos eleitorais e reformulação dos partidos.

Jucá disse que o encontro com Lewandovski foi proveitoso, e que a iniciativa procurou integrar os Poderes, no sentido de ampliar a conversa sobre a reforma e a resolução de problemas e desafios.

"O ministro ressaltou o financiamento de campanha, em discussão no STF; a questão da prestação de contas; da relação da campanha com a sociedade; a questão do voto impresso já considerada inconstitucional pelo tribunal, pela identificação do voto. O clima é de contribuição e de aperfeiçoamento do sistema político brasileiro", afirmou.

Presidente da comissão temporária de reforma política, Jorge Viana ressaltou que vem sendo criado um ambiente de entendimento para apreciação de uma matéria complexa e necessária cobrada pela sociedade.

"O encontro de ontem [terça-feira] com o presidente do TSE [Tribunal Superior Eleitoral, ministro Dias Toffoli] e líderes do Senado e da Câmara na casa de Renan [Calheiros, presidente do Senado] foi o primeiro passo. Com isso, criamos ambiente para termos um plano de trabalho. Não pretendemos fazer confronto no Senado e na Câmara. As matérias mais complexas que não tiverem consenso não podem ser votadas", afirmou Tião Viana

Mais cedo, Renan deixou claro que a reforma só vai sair se houver atuação conjunta da Câmara e do Senado, visto que as mudanças devem caminhar nas duas Casas.

"Nosso esforço é para que em nenhuma hipótese haja reforma de uma Casa contra outra. É preciso que tudo caminhe simultaneamente. Cabe ao Senado aprofundar o tema. Nós convidamos o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o relator Marcelo Castro para o encontro de ontem [terça-feira] à noite. Nós queremos recriar uma oportunidade para a revisão na Câmara", disse Renan, referindo-se a uma reunião de senadores com ministros do Tribunal Superior Eleitoral ocorrida na noite de terça-feira (23).