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Mulher de executivo assassinado em SP queria vida de "madame", diz polícia

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O anseio por uma “vida de madame” ao lado do amante, mais um seguro de vida avaliado em R$ 500 mil, motivaram a professora Eliane Areco Barreto, de 46 anos, a  planejar a morte do marido, o empresário Luiz Eduardo de Almeida Barreto, de 49 anos, ocorrida na tarde da última segunda-feira em uma área nobre de São Paulo. As informações são da Polícia Civil paulista, que concluiu as investigações nesta quarta-feira e apontou Eliana e o inspetor de segurança Marcos Fábio Zentucian, de 39 anos,como mandantes do crime.

Barreto foi assassinado com três tiros, no começo da tarde de segunda, na rua onde trabalhava, no Brooklin, zona sul da capital paulista. Sócio de uma empresa que desenvolve aplicativos para celular, ele estava casado com Eliana há cerca de 25 anos e tinha dois filhos com ela – uma de 15 e um de 17 anos.

Em entrevista coletiva no 96º Distrito Policial, que conduziu as investigações, o delegado-titular da 2ª Delegacia Seccional de São Paulo, Jorge Carrasco, afirmou que as provas que confirmam a autoria do crime – tanto mentores quanto executor – são técnicas. Ele se refere a fotos encontradas no celular de Eliezer Aragão, que estava em liberdade condicional há menos de um mês e, segundo o delegado, foi contratado por Zentucian para matar o marido da amante.

Conforme Carrasco, não apenas imagens de câmeras na Berrini identificaram o momento em que o segurança apontara a vítima, como ele ainda mandara uma foto do executivo para o ex-detento. À polícia, Aragão – que acabara preso minutos após o assassinato na estação de trem Berrini – admitiu ter sido contratado pelo inspetor de segurança, mas acabou negando, inicialmente, ter combinado valores para isso. “Mas apuramos que a mulher da vítima contraiu empréstimo bancário de R$ 7 mil para essa finalidade”, disse Carrasco.

Com ordem de prisão temporária expedida ontem à noite, explicou o delegado, Zentucian foi preso hoje às 6h em casa, em São Paulo, e confessou a articulação do crime com a amante. “Eles [Eliana e Zentucian] articularam o crime porque queriam ficar juntos; tem um seguro também, no valor de R$ 500 mil, que ela havia prometido usar para comprar para o amante uma loja em Guaratinguetá, quando fossem viver juntos”, afirmou o delegado. “Eles se conheceram em uma semáforo em São Paulo há 13 anos, ficaram um tempo juntos, se separaram, e voltaram a se relacionar há dois anos”, emendou Carrasco.

Eliana morava com a família em Aparecida, cidade vizinha a Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, e via o marido aos finais de semana e feriados – durante a semana, ele ficava no apartamento dele no Morumbi, zona sul de São Paulo.