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Ministério dos Transportes diverge de pesquisa da CNT

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O Ministério dos Transportes informou hoje (27), em e-mail enviado à Agência Brasil, que “possui metas permanentes para o ajuste da matriz de transportes, orientadas para o aumento de capacidade das vias, objetivando maior competitividade do setor no âmbito nacional e internacional, com redução de custos logísticos e de emissão de gases poluentes”. A informação veio após a divulgação, pela  Confederação Nacional dos Transportes (CNT), no dia 25, da pesquisa Transporte e Desenvolvimento - Entraves Logísticos ao Escoamento de Soja e Milho.

O texto diz também que no ano passado foram iniciadas obras de duplicação de estradas “no âmbito das concessões rodoviárias e pelas chamadas públicas de manifestação de interesse para desenvolvimento de estudos e projetos de novas concessões de rodovias e ferrovias”.  Ainda segundo o Ministério, os investimentos feitos no setor visam, a médio e longo prazos, “aumentar a eficiência produtiva de áreas consolidadas, induzir o desenvolvimento sustentável dos setores agrícola e mineral, reduzir desigualdades regionais e incentivar a integração nacional e sul-americana”.

Segundo a nota, para este ano, as perspectivas “apontam para a ampliação e qualificação da rede de transportes, com o aperfeiçoamento do arcabouço institucional, normativo e das medidas voltadas à gestão eficiente e transparente dos investimentos públicos e privados em infraestrutura, fundamentais ao desenvolvimento socioeconômico e sustentável do país”.

Conforme a pesquisa divulgada pela CNT, a má qualidade da pavimentação das rodovias brasileiras usadas no transporte de soja e milho aumenta, em média, em 30,5% o custo operacional para o escoamento dos grãos. Outro dado levantado pela Confederação é de que a malha rodoviária brasileira deixa a desejar em relação a concorrentes mundiais na exportação de soja e milho.

Segundo a publicação, o Brasil tem 1,7 milhão de quilômetros (km) de rodovias, sendo que 12,4% estão pavimentados. Em consequência das deficiências das estradas do país, há alto consumo de combustível, desgaste acelerado da frota de veículos e maior índice de acidentes. A pesquisa avaliou também que a distribuição modal de transporte.

Para a realização da pesquisa, foram entrevistados os responsáveis por logística das maiores exportadoras de soja e milho do país. O trabalho baseia-se também em estudos anteriores da CNT, como o Plano de Transporte e Logística e a Pesquisa CNT de Rodovias, ambos de 2014.