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CPI da Petrobras ouve executivos da Camargo Corrêa e da Galvão Engenharia

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras ouve nesta quarta-feira o diretor-presidente da Camargo Corrêa Engenharia, Dalton dos Santos Avancini, e o executivo da Galvão Engenharia Erton Medeiros Fonseca.

Os depoimentos foram pedidos por 16 deputados: Carlos Sampaio (PSDB-SP), Delegado Waldir (PSDB-GO), Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Izalci (PSDB-DF). Ivan Valente (Psol-SP), Edmilson Rodrigues (Psol-PA), Júlio Delgado (PSB-MG), Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Efraim Filho(DEM-PB), Eliziane Gama (PPS-MA), Moses Rodrigues (PPS-CE), Arnaldo Jordy (PPS-PA), Celso Pansera (PMDB-RJ), Carlos Marun (PMDB-MS), Darcísio Perondi (PMDB-RS) e Lelo Coimbra (PMDB-ES).

Camargo Corrêa

Os deputados do DEM Onyx Lorenzoni e Efraim Filho ressaltam que diversas testemunhas disseram que a Camargo Corrêa fazia parte do "clube" de empreiteiras que combinavam preços com o único propósito de frustrar licitações da Petrobras". 

Segundo denúncia do Ministério Público, um consórcio criminoso era favorecido em contratos com a Petrobras por diretores corruptos da estatal. Em troca, o consórcio pagava propina a ‘operadores’ indicados por partidos da base do governo com o objetivo de financiar campanhas eleitorais”, explicam os deputados do Psol Ivan Valente e Edmilson Rodrigues no requerimento que pediu a audiência de Avancini.

“Avancini, conforme as investigações do Ministério Público e da Polícia Federal, esteve envolvido nesse esquema”, reforça o deputado Carlos Sampaio.

Júlio Delgado lembra ainda que, segundo o Ministério Público, um empreiteiro da Toyo Setal, “apontou Avancini como responsável, no âmbito da Camargo Corrêa, pelo cartel fraudulento que praticava desvios de recursos da Petrobras”.

“Sabe-se, também, que Avancini ainda assinou os contratos das obras nas quais foram constatadas fraudes, além de ter celebrado contrato fraudulento com a Costa Global - empresa de Paulo Roberto Costa [ex-diretor da Petrobras] - para dissimular o pagamento de propina”, reforçam os deputados do PPS Eliziane Gama, Moses Rodrigues e Arnaldo Jordy.

Galvão Engenharia

Já Erton Fonseca, segundo os deputados do Psol, teria efetuado pagamentos ao empresário Shinko Nakandakari para evitar que a empreiteira fosse prejudicada em contratos que mantinha com a estatal. Nakandakari é apontado como operador da Diretoria de Serviços da Petrobras, à época comandada por Renato Duque.

Fonseca foi o primeiro dos executivos presos pela Operação Lava Jato a admitir que pagou propina. “Em interrogatório que consta no processo, Erton Fonseca admitiu os pagamentos às empresas do doleiro Alberto Youssef, ‘mas alegou ter sido vítima de extorsão’”, lembra o deputado Júlio Delgado.