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Abreu e Lima, os aditivos e as supostas propinas

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De acordo com relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) divulgados pela grande mídia na segunda-feira (20), obras da Petrobras investigadas na Operação Lava Jato tiveram aditivos bilionários. Um dos casos citados é o da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. 

Segundo a reportagem, um aditivo aumentou o valor do contrato em R$ 150 milhões, 568% a mais do valor inicial. Em 2005, a previsão de custo da obra era de R$ 7,4 bilhões. Até o final do ano passado, foram gastos na construção da refinaria R$ 35,7 bilhões – quase cinco vezes mais.

Vale destacar que o doleiro Alberto Youssef disse, em março, em depoimento à Operação Lava Jato que as obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, geraram propina para políticos do PP, do PSB e do PSDB. Youssef teria citado quatro políticos: o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em agosto do ano passado num acidente de avião, e o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, morto em março do ano passado. O dinheiro teria sido desviado entre 2010 e 2011, e parte da propina foi paga em doações oficiais a candidatos.

De acordo com o doleiro, a propina paga a Sérgio Guerra, do PSDB, tinha o objetivo de impedir a realização e uma CPI da Petrobras. De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, foram destinados R$ 10 milhões para barrar a CPI, e parte desse dinheiro foi para presidente do PSDB.

Ainda de acordo com a reportagem, Eduardo Campos teria recebido R$ 10 milhões para não criar entraves para as obras da refinaria em Pernambuco. O valor recebido pelos políticos do PP não foi detalhado pela reportagem. O dinheiro a esses políticos teria sido pago pela empreiteiras Queiroz Galvão, Odebrecht e OAS.