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CPI da Petrobras ouve ex-gerente da refinaria Abreu e Lima

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras ouve nesta manhã o depoimento do ex-gerente geral da refinaria Abreu e Lima, Glauco Legatti. Ele foi acusado por um dos delatores da Operação Lava Jato, o engenheiro Shinko Nakandakari, de ter recebido propina de empresas contratadas pela Petrobras.

Nakandakari é apontado pela Polícia Federal como operador da empreiteira Galvão Engenharia. Nos depoimentos ele também acusa o ex-diretor Renato Duque e o ex-gerente de Tecnologia Pedro Barusco de receberem propina.

A CPI já está reunida no plenário 3, mas o depoimento de Legatti ainda não começou. Neste momento, os deputados estão decidindo questões administrativas.

A refinaria Abreu e Lima começou a operar no final do ano passado, em Pernambuco, depois de ter consumido 18 bilhões de dólares em sua construção. O orçamento inicial era de 2,5 bilhões de dólares. Na semana passada, a ex-presidente da Petrobras Graça Foster admitiu que foi um erro a divulgação desse dado e que uma estimativa mais realista de custos seria de cerca de 14 bilhões de dólares. Ela atribuiu o aumento do custo a sucessivas mudanças no projeto original.

No ano passado, a Petrobras acusou o ex-diretor Paulo Roberto Costa, outro delator da Operação Lava Jato, de ser o responsável pelas mudanças nos projetos de construção da refinaria.

Outro delator da Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef, disse em depoimentos que a construção da refinaria rendeu pagamento de propina para partidos políticos, como o PP, o PSB e o PSDB, que negam a acusação.

Depois de Glauco Legatti, a CPI vai ouvir, no próximo dia 7, Hugo Repsold, nomeado diretor de Gás e Energia da estatal em fevereiro. Mas o depoimento mais aguardado é o do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, acusado de receber propinas de empresas contratadas pela empresa.

"Na próxima terça-feira deveremos anunciar a data que o senhor João Vaccari deverá vir depor na CPI", adiantou o presidente da comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB).

A CPI da Petrobras vai analisar a convocação de novos depoentes somente depois da Semana Santa. Um dos requerimentos que falta ser votado é o que pede a convocação do empresário Fernando Soares, apontado pela Polícia Federal como operador do PMDB.