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Emissário de doleiro reforça suspeita de propina de empreiteiras no exterior

Rafael Angulo Lopez cita Odebrecht, Braskem e OAS

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Uma nova delação premiada, Rafael Angulo Lopez, que seria o entregador do doleiro Alberto Youssef, reforça a suspeita de que as empresas Odebrecht, Braskem e OAS tenham feito repasse de propinas ligadas a contratos com a Petrobras para contas no exterior.

Lopez afirmou que entregou dados para depósitos fora do Brasil e colheu comprovantes de transferências para o exterior em escritórios da Odebrecht e da petroquímica Braskem, que fazem parte do mesmo grupo -os maiores acionistas da Braskem são a Odebrecht (38%) e a Petrobras (36%).

Lopez também relatou que entregou dinheiro no Brasil e no exterior por indicação de representantes da construtora OAS em países como Peru, Panamá e Trinidad e Tobago. Segundo Lopez, a OAS tinha uma espécie de "conta corrente" com Youssef.

Odebrecht, Braskem e OAS negaram o pagamento de propinas. Em nota, a Odebrecht afirma que "não fez nenhum tipo de pagamento ou depósito para quaisquer agentes públicos ou políticos para obter contratos junto à Petrobras". Em outro trecho, a empresa "deplora ainda o vazamento ilegal e seletivo de informações falsas, o que impede o exercício pleno do direito de defesa".