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Tumulto, beijaço gay e vaias para Eduardo Cunha na Assembleia de SP

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Dezenas de manifestantes fizeram protestos e emitiram vaias contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, nesta sexta-feira (27), durante sessão da "Câmara Itinerante", na Assembleia Legislativa de São Paulo. Acusado de homofóbico, corrupto e machista, o deputado do PMDB-RJ, que se posicionou de forma contrária à criminalização da homofobia, foi impedido de discursar, e durante a execução do Hino Nacional, houve um "beijaço gay" nas cadeiras da Assembleia, além de faixas e cartazes com dizeres "Fora Cunha".

Ao ser apresentado e dar início ao seu discurso, Cunha, que é evangélico, subiu ao plenário sob vaias, e reagiu dizendo: "A educação manda que a gente aprenda a escutar para protestar". A sessão teve que ser interrompida por 10 minutos, e o presidente da Assembleia, o deputado Fernando Capez (PSDB-SP) determinou o esvaziamento do plenário pela polícia militar, gerando tumulto. 

O deputado, que também posiciona-se contrário ao aborto e favorável à manutenção das doações de campanha feitas por empresas, disse que os ali presentes eram pessoas com o propósito de fazer um movimento político e impedir o debate. Na quarta-feira (25), Cunha recebeu, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), a Medalha Tiradentes, destinada a pessoas que prestaram serviçoes relevantes à causa pública do Estado do Rio de Janeiro. O prêmio já foi recebido por personalidades como Paulo Freire e o Papa Bento XVI. O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) foi o único a se posicionar contrariamente à condecoração.