A presidenta Dilma Rousseff fez neste domingo (08/03), Dia Internacional da Mulher, um pronunciamento oficial à nação.
A mandatária do Brasil afirmou que apesar de o país e o mundo passarem por um momento diferente, os fundamentos continuam sólidos. “Nosso povo está protegido naquilo que é mais importante”.
Dilma lembrou que a situação econômica atual não é inédita e já foi enfrentada anteriormente pelo governo: “Não é a primeira vez que o Brasil passa por isso. Em 2003, no início do governo Lula, tivemos que tomar medidas corretivas. Depois tudo se normalizou e o Brasil cresceu como poucas vezes na história”.
A presidenta sinalizou que o governo enfrentou a pior crise financeira mundial desde 1929 e que até mesmo a China, que sempre se destacou entre os países emergentes, teve seu crescimento reduzido à metade no último ano.
Ela lembrou que além dessa dificuldade conjuntural, o Brasil enfrenta a maior seca dos últimos 100 anos. “Tudo isso, eu sei, traz reflexos à nossa vida”, disse a presidenta.
Porém, Dilma Rousseff garantiu que todas as medidas estão sendo adotadas com cuidado pelo governo: “Estamos fazendo tudo com equilíbrio para reequilibrar a nossa economia”.
“O Brasil tem todas as condições de vencer estes problemas temporários – e esta vitória será ainda mais rápida se todos nós nos unirmos neste enfrentamento. Queremos e sabemos como fazer isso, distribuindo os esforços de maneira justa e suportável para todos. Como sempre, protegendo de forma especial as classes trabalhadoras, as classes médias e os setores mais vulneráveis. Temos compromissos profundos com o futuro do país e vamos continuar cumprindo, de forma inabalável, estes compromissos”, defendeu Dilma Rousseff.Ela afirmou ainda que o Brasil tem hoje mais qualificação profissional. “Somos a sétima economia do mundo. Temos 371 bilhões de dólares de reservas internacionais”.
A presidenta salientou que 36 milhões de pessoas saíram da miséria e 44 milhões foram para a classe média nos últimos 12 anos durante seu governo e o do ex-presidente Lula. “Temos compromissos profundos com o futuro do país”, afirmou Dilma.“Mais importante, no entanto, do que a duração destas medidas será a longa duração dos seus resultados e dos seus benefícios. Que devem ser perenes no combate à inflação e na garantia do emprego. Que devem ser permanentes na melhoria da saúde, da educação e da segurança pública. As medidas serão suportáveis porque além de sermos um governo que se preocupa com a população, temos hoje um povo mais forte do que nunca”, disse a presidenta.
Dilma enviou uma mensagem tranquilizadora e de otimismo ao país. “O esforço fiscal não é um fim em si mesmo”, garantiu a presidenta. “É apenas uma travessia para um tempo melhor que vai chegar rápido e de forma ainda mais duradoura”.