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JB antecipou número de parlamentares na lista de Janot sobre a Lava Jato

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A lista com os novos nomes investigados na Operação Lava Jato, apresentada nesta terça-feira (3) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem deixado os nervos de muitos parlamentares à flor da pela. O Jornal do Brasil já havia adiantado, no dia 12 de fevereiro deste ano,  que cerca de 50 nomes estariam envolvidos na lista, fato confirmado com os 28 pedidos de abertura de inquérito e sete de arquivamento referente a 54 pessoas.

Durante esta semana, dezenas de nomes de parlamentares apareceram nos depoimentos dos delatores, entre eles os dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL), que negam as acusações. Em outubro do ano passado, a contadora Meire Pôza, que trabalhou para Alberto Youssef, afirmou que o doleiro se reuniu com Renan Calheiros para acertar investimentos do fundo Postalis, dos Correios, em uma empresa de Youssef. O montante envolvido seria de R$ 50 milhões, sendo a metade aportados pelo Postalis.

À época, Renan Calheiros afirmou que "não conhecia a pessoa mencionada no noticiário como 'doleiro' Alberto Youssef e que só soube da existência do mesmo após as informações publicadas pelos jornais'. Ainda segundo nota, Renan "nunca esteve, agendou conversas e nunca ouviu falar de Alberto Youssef e de sua contadora".

Já Eduardo Cunha foi acusado de ter recebido dinheiro do esquema da Petrobras pelo agente da Polícia Federal Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como ‘Careca’, que teria entregue a propina ao deputado. À Força Tarefa da Operação Lava-Jato, Youssef também teria dito em delação premiada que Cunha recebeu propina por meio de Fernando Soares, o Fernando Baiano. Na época, Cunha admitiu que conhecia Baiano e que o recebeu como representante de empresas espanholas. Contudo, ele negou que recebeu propina.

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