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Governo propõe medidas a caminhoneiros sem redução do diesel

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O governo federal anunciou nesta quarta-feira um pacote de medidas que será apresentado aos caminhoneiros sob a condição de liberarem as rodovias bloqueadas em 10 Estados. O Palácio do Planalto prometeu sancionar sem vetos uma lei que reduz pedágio para caminhoneiros e dar carência no financiamento do programa Pró-Caminhoneiro, mas não incluiu a redução do diesel na proposta.

A alta do preço do combustível é a principal reivindicação do movimento, além do baixo valor do frete. O ministro da Secretaria-Geral, Miguel Rossetto, se comprometeu a estudar uma tabela referencial do preço do frete que será apresentada por empresários e disse que a Petrobras garantiu que o combustível usado em caminhões não subirá nos próximos seis meses.

“É importante que fique claro que essas propostas são apresentadas para avaliação da categoria e elas serão mantidas na medida em que ocorrer a suspensão do movimento. Essa condição cria a possibilidade de imediatamente ampliarmos essas medidas e instalarmos uma mesa de negociações para darmos conta das demais reivindicações da categoria”, disse o ministro.

O governo passou o dia em negociação com empresários do setor de transporte e representantes da categoria, mas ainda não havia chegado a um acordo no início da noite. Integrantes do movimento argumentam que o valor do frete está baixo e o diesel está alto, equação que torna a atividade não lucrativa.

Uma das propostas apresentadas pelo governo e que pode agradar a categoria é a isenção de pedágio para eixos de caminhões vazios e suspensos, conforme previsto na Lei dos Caminhoneiros. Rossetto também disse que os caminhoneiros não pagarão pelo financiamento no programa do BNDES caso aceitem o acordo.

Durante a reunião no Ministério dos Transportes nesta tarde, Ivar Schmidt, um dos líderes do Comando Nacional do Transporte, disse não ter sido recebido na reunião e alegou que as entidades de classe não representam os responsáveis pelos bloqueios nas rodovias. A Secretaria Geral da Presidência afirmou, por outro lado, que a presença dele não estava prevista na reunião e que o representante seria recebido ainda nesta noite.