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Independência foi o mote da campanha dos quatro candidatos da Câmara

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A independência do Legislativo em relação aos outros poderes foi o principal tema defendido pelos quatro candidatos à Presidência da Câmara: Arlindo Chinaglia (PT-SP), Chico Alencar (PSOL-RJ), Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Júlio Delgado (PSB-MG),  em seus discursos de apresentação de propostas e pedido de votos. O primeiro a falar foi o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), que só se lançou à disputa na semana passada.

Chico Alencar defendeu um Parlamento mais voltado às demandas da sociedade, bem como uma maior aproximação com a população. Alencar falou sobre as denúncias da Operação Lava Jato e dos reflexos negativos à imagem do Parlamento. Alencar disse que todos falam da independência da Casa, mas “a maior independência que deve ser buscada é em relação àquela que vertebra o sistema político nacional”. Segundo ele, é preciso resgatar a política, o Parlamento e isso pressupõe qualificação da política.

O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) se posicionou pela independência do Legislativo e sua aproximação às demandas populares. Ele prometeu lutar por uma agenda legislativa independente e por mais envolvimento dos cidadãos na política. “Se alguém imagina a Câmara como subjugada, eu quero alertar que este é um erro dramático”.  Chinaglia defendeu uma agenda nacional que esteja em consonância com os anseios da população. Ele reiterou seu compromisso com a verdade, a justiça, o país e o Parlamento.

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) prometeu atuar para que se tenha um Parlamento independente, altivo e que respeite os interesses da população brasileira. Ele criticou a submissão do Congresso em certas votações e afirmou que buscará sempre a independência da Casa. Ele defendeu um Parlamento que dialogue com todos os poderes, mas que não abra mão das pautas que considerar importantes. Segundo ele, independência não pode ser confundida com oposição. “A gente só quer que os Poderes sejam independentes e harmônicos entre si”.

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) defendeu a aproximação do Parlamento com a sociedade e o combate à “politicagem”. Ele ressaltou a importância de um Legislativo independente para discutir as reformas fiscal e trabalhista. Delgado disse que é preciso romper o conceito de que a atividade parlamentar “é algo espúrio, distante da sociedade”.  Júlio Delgado afirmou que a tônica do seu trabalho será para se ter um Congresso voltado para os reais interesses da sociedade.  “Se não mudarmos as práticas, se esses novos deputados não praticarem a mudança, iremos retroceder”.