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Governadores são empossados nos estados brasileiros nesta quinta-feira

No Rio, Pezão reafirma compromissos de campanha. Em SP, Alckmin destaca conquistas

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Nos estados nacionais, o primeiro dia do ano foi movimentado no setor político, com a posse dos governadores, vice-governadores e seus secretariados. As cerimônias oficiais nas Assembleias Legislativas tiveram início às 10 horas, no horário de verão, com a presença de autoridades executivas, legislativas e do judiciário.

No Rio de Janeiro, o governador reeleito, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e o vice-governador Francisco Dornelles (PP), foram empossados na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no Centro. Pezão chegou ao local esbanjando sorrisos. Já Dornelles, entrou na casa legislativa um pouco antes das 10 horas, apenas cumprimentou os jornalistas. Autoridades do executivo e do judiciário compareceram à cerimônia, entre elas a desembargadora Leila Mariano, representando o poder judiciário. O arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Dom Orani Tempesta, foi convidado para a mesa diretora, presidida pelo presidente da Alerj, Paulo Mello (PMDB). O evento durou menos de 30 minutos.

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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tomou posse para o seu quarto mandato à frente do estado. Em seu discurso, o governador comentou as conquistas da sua administração, citando as movimentações fiscais e os investimentos de cerca de R$ 74 bilhões.

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Wellington Dias toma posse como governador do Piauí pela terceira vez

O governador eleito do Piauí, Wellington Dias (PT), tomou posse no início da manhã de hoje (1º) na Assembleia Legislativa do estado. A cerimônia de transmissão de cargo ocorreu no Palácio Governador Karnak.

De acordo com nota do governo do Piauí, ao ser empossado, Dias ressaltou que este é seu terceiro mandato no estado. “A disposição é grande para trabalhar e lutar por aquilo que é essencial ao desenvolvimento econômico e social do estado", disse o governador.

Wellington Dias venceu a disputa para o governo do Piauí, com mais de 1 milhão de votos e 63% dos votos válidos. Zé Filho (PMDB) ficou em segundo lugar, com 33%.

Bancário e radialista, começou na vida pública como sindicalista filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT). É filiado ao PT desde 1985. Na política, se elegeu vereador de Teresina, em 1992. Em 1994, foi eleito deputado estadual e presidente regional do PT.

Dias se elegeu deputado federal em 1998. Renunciou ao mandato em 2002, para disputar o governo do estado. Governou o Piauí por dois mandatos consecutivos entre 2002 e 2010 – quando renunciou para se candidatar ao Senado. Foi eleito o senador mais votado do estado, com quase 1 milhão de votos.

Taques assume governo do Mato Grosso falando em "nova política de tributação"

Eleito no primeiro turno com mais de 833 mil votos – 57% dos votos válidos –, o governador Pedro Taques assumiu hoje (1º) o cargo de governador do Mato Grosso, substituindo Silval Barbosa. O novo vice-governador, Carlos Fávaro, também foi empossado esta manhã.

Durante a cerimônia na Assembleia Legislativa, em Cuiabá, Taques prometeu trabalhar para mudar a “sequiosa [árida] realidade” matogrossense. Além de antecipar que planeja desenvolver novas políticas tributárias e de fomento econômico às atividades produtivas, o novo governador destacou a importância de uma relação harmoniosa entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

“Todos terão que contribuir com esse momento. Vamos respeitar a independência dos poderes, convidando-os sempre para ouvirmos juntos e atentos as vozes da sociedade. Esse diálogo será um marco em nossa gestão”, discursou Taques que, durante a transição de governo, afirmou à imprensa que o estado tem um déficit orçamentário de R$ 1,7 bilhão o que compromete o pagamento de despesas e futuros investimentos.

“Esse mesmo diálogo buscaremos com o governo federal. Reivindicaremos tudo o que Mato Grosso precisa do governo federal”, acrescentou o novo governador. Taques explicou que seu plano de governo está embasado em cinco eixos estruturantes.

“O cidadão necessita de um conjunto de serviços públicos que atendam às necessidades mais fundamentais como a saúde, a segurança pública, as políticas sociais e [as políticas] de proteção aos menos favorecidos”, comentou Taques, assegurando que protegerá o meio ambiente e a qualidade de vida da população com políticas integradas de habitação, regularização fundiária e urbanística, mobilidade, acessibilidade e proteção ambiental. Todas as propostas, destacou, contarão com a participação da sociedade.

“Construiremos o modelo de gestão participativa que almejamos. Para isso, vamos ampliar nossos canais de comunicação com a sociedade usando a internet, mídias sociais, mídias de massa, audiências públicas e reuniões comunitárias. Descobriremos novos caminhos para solucionar os problemas que nos afligem e, juntos, fiscalizaremos cada centavo aplicado”, acrescentou o governador.

Nascido em Cuiabá (MT), Taques tem 46 anos. Formado em Direito, foi procurador da República por 15 anos, período em que, entre outras ações, propôs a ação civil que, em 2002, resultou na chamada Operação Arca de Noé, na qual foi preso o bicheiro João Arcanjo Ribeiro, acusado de comandar o crime organizado no estado.

Em 2010, Taques pediu exoneração do cargo no Ministério Público Federal para se candidatar ao Senado e foi eleito com 708.440 votos. Este ano, Taques, que é filiado ao PDT, se elegeu governador com um amplo arco de aliança partidária, recebendo o apoio do PP, DEM, PSDB, PSB, PPS, PV, PTB, PSDC, PSC, PRP, PSL e PRB.

Marcelo Miranda toma posse prometendo prioridade para saúde e segurança

O governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), assumiu hoje (1°) pela terceira vez o comando do estado e prometeu trabalhar a partir de amanhã (2) para melhorar a situação das áreas da saúde e segurança, que classificou como “caóticas” em seu discurso de posse.

Miranda foi empossado em cerimônia na Assembleia Legislativa do Tocantins na manhã desta quinta-feira. Em discurso de cerca de 20 minutos, o novo governador fez duras críticas ao governador que deixa o cargo, Sandoval Cardoso – que não compareceu à posse – e prometeu empenho para retomar o desenvolvimento do estado.

“Enfrentaremos com firmeza e determinação todos os desafios e haveremos de recolocar o nosso estado na posição desejada pelo nosso povo. Visualizo a situação caótica em que se encontra a saúde e a segurança que estão a exigir uma ação pronta e eficaz, que adotarei a partir de amanhã. Procuraremos reencarrilhar o nosso estado nos trilhos do desenvolvimento, investindo na geração de emprego e renda, no incentivo ao agronegócio, agroindústria e outros setores produtivos”, prometeu.

Miranda governou o Tocantins de 2002 a 2009, quando foi cassado por abuso de poder econômico e político na eleição de 2006, acusado de distribuir a eleitores brindes, casas, óculos, cestas básicas e consultas médicas por meio do programa social do governo, sem autorização legislativa e sem previsão orçamentária.

O novo governador não citou o episódio no discurso, mas fez uma referência a Nelson Mandela ao dizer que aprendeu com o líder da África do Sul “a importância do perdão e de sempre manter viva a chama da esperança e do amor, mesmo nos momentos de injustiça”.

Eleito no primeiro turno com 360.640 votos – 51,3% dos votos válidos –, Miranda tem como vice-governadora a empresária Cláudia Lelis, que entrou na chapa para substituir o marido, Marcelo Lelis, após impugnação da candidatura dele pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Natural de Goiânia, com 53 anos, Miranda foi deputado estadual por três vezes e presidiu o legislativo estadual por duas ocasiões. Ao começar seu terceiro mandato como governador do Tocantins, ele se disse mais preparado para a função.

“Me sinto mais estimulado a reescrever uma nova página da história politica e administrativa do nosso estado, promovendo as mudanças que o povo espera. Buscaremos a qualquer custo a boa governança”.

Da Assembleia Legislativa, Miranda seguiu para o Palácio do Araguaia, onde recebeu a faixa governamental do atual gestor, Sandoval Cardoso. À tarde, o novo governador virá à Brasília para participar da posse da presidenta Dilma Rousseff.

Ao tomar posse, Rollemberg pede pacto por Brasília

No primeiro discurso como governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB) conclamou a população a fazer um pacto por Brasília para enfrentar o que ele chamou de “crise sem precedentes”. “A cidade está destroçada. Os serviços públicos estão deteriorados. Vivemos o maior desequilíbrio econômico e financeiro da história”, disse. Ele pediu ainda o apoio dos 24 parlamentares eleitos pelo DF e disse que tem certeza de que os distritais sabem de suas responsabilidades para reverter a situação da capital.

Rollemberg assinou hoje (1º) o termo de posse na Câmara Legislativa do Distrito Federal e destacou que vai trabalhar para reduzir as desigualdades entre a região central de Brasília e o restante do DF e o Entorno. “Não serei governador voltado apenas às regiões mais ricas, nosso objetivo é reduzir as imensas desigualdades.”

Ele destacou ainda o ideário socialista e citou o nome dos principais líderes do PSB: Miguel Arraes, Eduardo Campos e Jamil Haddad.

O presidente da Câmara Legislativa do DF, Wasny de Roure (PT) quebrou o protocolo e convidou a mãe do governador, Teresa Rollemberg, para compor a mesa.

Marconi Perillo assume governo de Goiás e promete investir em turismo

O governador eleito de Goiás, Marconi Perillo foi empossado na Assembleia Legislativa com o acompanhamento, pela população, por meio de três telões instalados no local, dois no saguão principal do Palácio Alfredo Nasser e um do lado de fora, na entrada na Casa.

Em seu discurso, Perillo disse que pretende transformar Goiás em um grande destino turístico e garantiu que vai cumprir as promessas feitas durante o período de campanha. O governador eleito foi aplaudido ao dizer que não vendeu fantasias à população do estado durante o período eleitoral.

Perillo venceu a disputa para o governo de Goiás com 57% dos votos válidos contra 42% de seu concorrente na disputa, Iris Rezende (PMDB).

Marconi Perillo, 51 anos, nasceu no município de Palmeiras de Goiás. Formado em direito, começou a carreira política na década de 1980 como presidente do PMDB Jovem do estado e depois como presidente nacional da Juventude do PMDB.

O primeiro mandato foi conquistado em 1990, quando foi eleito deputado estadual pelo PMDB. Quatro anos depois, em 1994, chegou à Câmara dos Deputados, dessa vez eleito pelo extinto PP. Ele tornou-se governador em 1998 após derrotar o mesmo candidato peemedebista contra quem concorreu em 2014. Foi reeleito em 2002. Em 2006, Perillo chegou ao Senado com 75,82% dos votos válidos, alcançando uma votação histórica no estado. Perillo foi eleito governador de Goiás novamente em 2010.

Fernando Pimentel promete governo participativo em Minas Gerais

Com a promessa de “uma Minas para todos os mineiros”, tomou posse na manhã de hoje (1º) o novo governador do estado, Fernando Pimentel. A cerimônia ocorreu na Assembleia Legislativa, de onde ele seguiu para a transmissão do cargo no Palácio da Liberdade, sede histórica do governo mineiro. O governador assinou o ato de nomeação dos secretários e reafirmou, em discurso ao público, o compromisso de fazer um governo participativo.

“Todos os mineiros serão ouvidos. Minas Gerais não tem dono, não tem rei, não tem imperador. Soberano nessa terra é o povo que aqui habita. Cheguei aqui caminhando lado a lado com todos os mineiros. Vou fazer um governo mais próximo das pessoas, não um governo do eu, mas um governo de todos. As ruas sabem mais do que os gabinetes, todos queremos participar e todos vão influenciar nas decisões do governo. A forma de governo tem que ser contemporâneo, se reinventar, empoderar os únicos e verdadeiros donos do poder: os cidadãos e cidadãs de Minas Gerais”.

Fernando Pimentel recebeu o cargo de Alberto Pinto Coelho (PP), que foi eleito vice-governador em outubro de 2010 na chapa encabeçada por Antonio Anastasia. Ele assumiu o cargo de governador em abril, quando Anastasia deixou o governo para concorrer ao Senado. Pinto Coelho desejou sucesso à gestão de Pimentel. “O êxito do governo significa o êxito do nosso povo mineiro”.

Ao lado do vice-governador Antônio Andrade, o petista Fernando Pimentel venceu as eleições em primeiro turno, com 52,98% dos votos válidos, obtendo a preferência de 5,36 milhões de eleitores. O segundo colocado foi Pimenta da Veiga, candidato pelo PSDB, que teve 41,89%.

Entre os compromissos da campanha está a construção de mecanismos de participação popular no governo. Nesta terça-feira (30), o governador anunciou mudanças no organograma da administração, criando quatro secretarias: Recursos Humanos, como parte da política de valorização dos servidores; Desenvolvimento Agrário, para cuidar da agricultura familiar; Direitos e Cidadania, responsável pelos Direitos Humanos e Esportes, resultado do desmembramento da atual Secretaria de Estado de Esporte e Turismo.

A mudança também extinguirá o Escritório de Prioridades, que tem status de secretaria; a Ouvidoria-Geral do estado passa a ser subsecretaria vinculada à Secretaria de Direitos e Cidadania e a Representação do Estado em Brasília também perde o status de secretaria e se submete à Secretaria de Governo.

Pimentel é economista e iniciou a vida política nos movimentos estudantil e sindical na década de 1970. Perseguido pelos órgãos de repressão, chegou a viver na clandestinidade e foi preso na ditadura militar. Em 1993, foi secretário da Fazenda de Belo Horizonte. Ele também ocupou a Secretaria de Governo, Planejamento e Coordenação-Geral da capital mineira.

Em 2000, Pimentel foi eleito vice-prefeito na chapa liderada pelo médico Célio de Castro, assumindo o cargo em 2003, após Castro sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), e se reelegeu em 2004 no primeiro turno. Em 2010, disputou a eleição para o Senado, mas perdeu para Aécio Neves, assumindo, em 2011, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Após as cerimônias, Pimentel segue para Brasília, onde acompanha a posse da presidenta Dilma Rousseff.