ASSINE
search button

Relator da CPMI da Petrobras muda texto e pede indiciamento de Paulo Roberto

Agora, Marco Maia também admite prejuízo com Pasadena

Compartilhar

O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS), apresentou uma complementação de voto especificando o pedido de indiciamento das pessoas para as quais, na versão inicial do relatório, havia a indicação de “aprofundar as investigações”. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, por exemplo, foi indiciado por crime de participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. No total, são 52 pessoas com pedido de indiciamento.

“Pedi um parecer de um jurista renomado, com experiência na área, para dar a segurança necessária para afirmar o que havíamos expressado”, disse Maia, ao reclamar do que, segundo ele, foi uma má interpretação da imprensa de seu texto inicial.

O relator também mudou seu texto para retirar o pedido para aprofundar as investigações de três empresas (Hope Recursos Humanos, Gandra Brokerage e Astromaritima Navegação S.A.).

Afastamento da diretoria

Antes do início da reunião da CPMI em que será votado seu relatório final, Maia pediu o afastamento da presidente da estatal, Graça Foster, em conversa com jornalistas. “Defendo o afastamento da diretoria [da Petrobras], inclusive da presidente Graça Foster”, afirmou.

A comissão aprovou o encaminhamento dos documentos produzidos nas investigações do Legislativo ao Ministério Público e à Justiça Federal.

Marco Maia (PT-RS) também fez uma modificação em seu relatório sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Segundo a versão apresentada agora, houve um prejuízo potencial de 561,5 milhões de dólares no negócio. “Estamos mudando o relatório e admitindo no relatório um prejuízo aos cofres da Petrobras no negócio de Pasadena”, afirmou Maia.

A mudança, segundo Maia, foi feita depois de a comissão ter obtido, na noite de terça-feira (16), um relatório de auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) que apontava prejuízo na aquisição da refinaria. No último domingo, o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, afirmou em entrevista que o órgão encontrou irregularidades no negócio.

No texto apresentado na última quarta-feira (10), Maia contestou o acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) que identificou um prejuízo de 792 milhões de dólares na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Segundo o relator à época, a decisão, tomada em julho, precisava ser reavaliada. A justificativa foi que o acórdão foi “baseado em cenário que deixou de considerar fatores importantes que justificam o negócio”.


Com Agência Câmara