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Paulo Roberto Costa deverá comparecer à CPI no próximo dia 2

Decisão foi emitida pelo juiz responsável pela Operação Lava Jato nesta sexta-feira

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O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro, terá que se apresentar no dia 2 de dezembro à CPI mista responsável pelas investigações das denúncias de irregularidades na estatal do petróleo. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (21) pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo andamento da Operação Lava Jato na primeira instância, que determinou ainda que Polícia Federal (PF) deverá tomar as medidas necessárias para assegurar a escolta de Paulo Roberto até Brasília na ocasião. Paulo Roberto Costa é investigado por suspeita de integrar um esquema de corrupção dentro da Petrobras.

Na decisão, Sérgio Moro determinou que o direito de não responder questionamentos feitos por parlamentares deve ser garantido ao ex-diretor da estatal. Além disso, no despacho o juiz solicita que seja evitado o uso de algemas pelo fato de ele não ter sido acusado de crimes violentos ou por grave ameaça.

Existe um interesse por parte de deputados e senadores da CPI mista em que Paulo Roberto Costa integre uma acareação junto a Nestor Cerveró, ex-diretor internacional da Petrobras. O motivo seria o de que a compra da refinaria de Pasadena foi assinada na gestão de Cerveró, transação que está sendo investigada tanto pela Polícia Federal quanto pelo Ministério Público, Tribunal de Contas da União e Polícia Federal.

Recentemente, Costa firmou acordo de delação premiada, em que se comprometia a revelar para as autoridades o que sabia sobre as denúncias relativas ao esquema de corrupção. Costa, junto ao doleiro Alberto Youssef, teriam afirmado em depoimento que empresas que fecharam contratos com a Petrobras estariam pagando propinas. Segundo eles, as propinas  eram repassadas para os partidos políticos PMDB, PP e PT.

Operação Lava Jato

Cerca de R$ 10 bilhões teriam sido movimentados no esquema de lavagem de dinheiro investigado pela Operação Lava Jato. De acordo com a Polícia Federal e o Ministério Público, o esquema teria sido responsável por desvios de recursos da Petrobras. A atual fase da operação investigou executivos e funcionários ligados à nove grandes empreiteiras que possuem contratos que somam R$ 59 bilhões com a Petrobras.  Uma parte desses contratos segue sob investigação e 24 pessoas já foram presas na operação, das quais 13 continuam na cadeia – entre elas o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque.

*Do programa de estágio JB