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As vésperas do segundo turno, CPI da Petrobras tem disputa de requerimentos

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A quatro dias do segundo turno das eleições presidenciais e de governadores de 13 estados e do Distrito Federal, a CPI Mista da Petrobras registrou um duelo na apresentação de requerimentos. Enquanto a oposição quer ouvir a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), parlamentares da base do governo sugeriram que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) seja chamado a depor.

Desde o dia 14, a comissão recebeu 22 novos requerimentos. A maioria pede depoimentos de pessoas que teriam sido citadas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa em depoimento à Justiça Federal. Nenhum desses requerimentos foi examinado ainda.

Ao pedir a convocação de Aécio Neves, que preside o PSDB, o deputado Afonso Florence (PT-BA) mencionou matérias indicando que Costa acusou o partido de oposição de ter recebido dinheiro do esquema operado pelo doleiro Alberto Youssef. “A oitiva do Senador Aécio Neves é fundamental para que esta CPMI possa elucidar os atos de corrupção que foram efetivamente praticados, os agentes corruptores, os beneficiários e o modus operandi utilizado”, explica Florence no requerimento.

O parlamentar petista pediu também que a comissão ouça o senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE). De acordo com o requerimento apresentado, Paulo Roberto Costa teria dito que Bezerra, na função de secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e presidente do Complexo Portuário do Porto de Suape, pediu a Alberto Youssef recursos para a campanha de reeleição do então governador Eduardo Campos. Campos, candidato à presidência neste ano, morreu em acidente aéreo em agosto.

A oposição, por outro lado, insiste em ouvir o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto. O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) alegou que Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa revelaram um esquema de corrupção que desviou dinheiro da Petrobras para o PT e partidos aliados. Ainda segundo Carlos Sampaio, João Vaccari Neto seria o operador petista na área de Serviços da Petrobras.

O requerimento para que Gleisi Hoffmann deponha também foi apresentado pelo deputado Carlos Sampaio. Segundo ele, Costa afirmou à Justiça que a senadora do PT recebeu R$ 1 milhão para a campanha ao Senado em 2010. A denúncia também envolve o marido de Gleisi, Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma Rousseff.

Agência Senado