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Dilma defende Graça Foster em bloqueio de bens: "absurdo"

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A presidente Dilma Rousseff se empenhou pessoalmente de defender a presidente da Petrobras, Graça Foster, nesta sexta-feira, durante visita ao canteiro de obras da ferrovia Norte-Sul, em Iturama, no Triângulo Mineiro. Graça Foster pode ter os bens bloqueados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) devido aos prejuízos causados à estatal pela compra da refinaria de Pasadena.

Dilma disse ser um "absurdo" que o tribunal queira bloquear os bens de Foster, “uma pessoa íntegra, correta e capaz, reconhecida não só pelo governo, mas por todo o mercado, que não pode ser submetida a esse tipo de julgamento”. A petista chegou a dizer que suspeita de forças ocultas por trás do processo de julgamento da presidente da Petrobras.

“Ela não pode ser submetida a esse tipo de julgamento. E eu acredito que tem por trás dele (julgamento) outros interesses”, afirmou Dilma. “E acho que é um absurdo colocar as diretorias da Petrobras submetidas a esse tipo de procedimento”, afirmou a presidente.

Sobre quem estaria por trás do processo para levar Graça Foster a julgamento, Dilma disse que “não são aqueles que estão fundamentados e baseados na melhoria da gestão pública”. Para a presidente, apenas uma pequena parcela dos processos termina com pedido de bloqueio dos bens dos investigados. “Esse processo é um processo pequeno. Só 0,05% de todos os projetos que transitaram na AGU pediram a indisponibilização dos bens”, disse.

A presidente afirmou que “a posição do governo é clara: nós não achamos que a Graça Foster deve contra ela qualquer processo de irregularidade, sequer um processo de irregularidade”. Dilma disse que o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, quando foi ao TCU, “estava defendendo Graça Foster e reprovando o absurdo que é submeter uma pessoa íntegra como Graça Foster a este tipo de julgamento”.

Evangélicos

Sobre sua visita à Igreja Assembleia de Deus, Dilma disse que respeita todas as religiões cristãs, mas que a Assembleia de Deus ajudou o País a superar a miséria e que foi lá agradecer o empenho dos evangélicos.

“Sabe qual ponto comum que tenho com a Assembleia? Eu tenho certeza de que a Igreja Assembleia de Deus - e hoje eu agradeci a eles -  tem um compromisso para com os mais pobres, com os excluídos, com as mulheres e tem um trabalho social neste sentido”, comentou a presidente.

Segundo Dilma, um governo que tirou 36 milhões de pessoas da pobreza extrema, da miséria, e que levou 42 milhões à classe média, não pode ter a soberba de achar que só o governo resolve a questão dos pobres”. “A gente tem que fazer parceria com todas as igrejas, e hoje especialmente eu fiquei muito feliz de ter estado lá”, comentou.