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SP: após passeata, manifestantes terminam ato pela soltura de presos em protesto

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Após uma caminhada de uma hora e meia, terminou na Praça Roosevelt, no centro da capital paulista, o primeiro protesto convocado pela Frente Independente Popular (FIP) de São Paulo. Eles passaram por grandes avenidas da região central entoando palavras de ordem pelo direito de manifestação e pedindo a liberdade de pessoas que foram presas em razão de protestos.

Em São Paulo, estão presos há mais de um mês o aluno e funcionário da Universidade de São Paulo (USP) Fábio Hideki, e o professor Rafael Lusvarghi. Eles foram detidos durante um protesto contra a Copa do Mundo.

O Ministério Público de São Paulo ofereceu no dia 12 deste mês denúncia à Justiça contra o estudante e o professor. Harano foi denunciado por incitação ao crime, associação criminosa armada, desobediência e posse de artefato explosivo. Se condenado por todos os crimes pelos quais foi denunciado, sua pena pode chegar a 13 anos de prisão, segundo o Ministério Público.

O professor Lusvargh foi denunciado pela prática por incitação ao crime, associação criminosa armada, resistência e posse de artefato explosivo. A pena mínima total para esses crimes pode chegar a 14 anos e seis meses de prisão.

A organização do movimento estima que o ato de hoje em defesa da libertação dos dois presos tenha reunido cerca de 400. A Polícia Militar (PM) contabilizou 100.

Durante todo o trajeto, foi percebida a presença apenas de agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que orientavam o trânsito. Não havia policiais militares como normalmente ocorre em protestos. Segundo o coletivo Observadores Legais, que registram casos de violações aos direitos humanos em manifestações, não foi registrada nenhuma ocorrência.