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Justiça comunica STF sobre extradição de Pizzolato 

Nesta sexta, a Justiça italiana negou o pedido de liberdade provisória

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O Ministério da Justiça comunicou oficialmente ao Supremo Tribunal Federal (STF) o início do procedimento para o pedido de extradição de Henrique Pizzolato, preso na Itália. No documento, o ministério diz que o STF tem 40 dias para manifestar interesse em que o condenado retorne ao Brasil para cumprimento da pena a que foi condenado no processo do mensalão.

O Ministério da Justiça divulgou nota oficial em que explica o aviso enviado ao STF:

"O Ministério da Justiça protocolou no fim da tarde desta quinta-feira (6/02), no Supremo Tribunal Federal, Aviso Ministerial comunicando a abertura de procedimento preparatório com a finalidade de instaurar a extradição do Sr. Henrique Pizzolato. O objetivo da comunicação é dar ciência da abertura de prazo de 40 dias para que o Tribunal manifeste interesse na instalação da Extradição e encaminhe os documentos necessários para sua formalização junto ao Estado italiano, nos termos do Tratado em vigor entre os dois países", afirma a nota.

Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. O mandado de prisão contra ele foi expedido no dia 15 de novembro do ano passado. Pela decisão do STF, a pena deve ser cumprida em regime fechado, em presídio de segurança média ou máxima.

O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil foi encontrado na casa de um sobrinho em Maranello e levado para Modena. Segundo a Polícia Federal, Pizzolato portava documentos falsos de um irmão falecido em 1978.

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Justiça italiana nega pedido de liberdade provisória

A Justiça da Itália negou, nesta sexta-feira, o pedido de liberdade provisória para o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. A Corte de Apelações de Bolonha decidiu ainda que Pizzolato continua detido em Modena. As informações são da rádio CBN.

Ontem, o advogado italiano do ex-diretor do BB afirmou que iria pedir à Justiça para que seu cliente respondesse em liberdade ao processo de extradição. O Brasil tenta trazer Pizzolato para que ele cumpra pena pela condenação no processo do mensalão, em que ele foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão. O prazo para que o pedido de extradição seja feito à Itália vai até meados de março. 

Prisão

Foram dois dias e uma noite de investigações para chegar ao paradeiro de Henrique Pizzolato. Na manhã desta quarta-feira, após seguir pistas da Interpol italiana, finalmente a Polícia da Itália colocou fim ao mistério da fuga de Henrique Pizzolato. O foragido estava na casa de um sobrinho em Maranello, no norte da Itália. 

"Esperamos que o sobrinho saísse para trabalhar e vimos que, na casa alguém, se aproximou da janela. Era a esposa de Pizzolato. Decidimos realizar uma incursão e localizamos o fugitivo dentro da casa", declarou o comandante dos policiais da província de Modena, Carlo Carrozzo.

Pizzolato foi preso com um passaporte brasileiro falso e duas cartas de identidade, também falsas, em nome do seu falecido irmão Celso Pizzolato. A mulher do ex-diretor do Banco do Brasil, a arquiteta Andréa Eunice Haas, foi liberada. 

Com Portal Terra