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Polícia Federal diz que Henrique Pizzolato foi preso na Itália

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A Polícia Federal informou nesta terça-feira (5) que o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão que estava foragido, foi preso na Itália. 

Pizzolato estaria com um passaporte falso que pertencia a um irmão já falecido e, por isso, foi preso pela polícia italiana. Ele era o único dos 25 condenados do mensalão que estava foragido.

O ex-diretor do BB fugiu para a Itália, país do qual tem dupla cidadania e, por isso, não pôde ser extraditado.

Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. Sua prisão foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal após o julgamento do último recurso, em 13 de novembro. 

A pena deve ser cumprida em regime fechado, em presídio de segurança média ou máxima.

Ele foi encontrado na casa de um sobrinho na cidade de Maranello e levado pra Modena.

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Quando foi decretada a prisão de Pizzolato, os agentes da Polícia Federal foram à casa do ex-diretor do Banco do Brasil para cumprir o mandado e não o encontraram. Depois, foi divulgada uma carta em que Pizzolato avisara que fugiu para Itália, onde buscaria um julgamento justo.

Inicialmente, a informação era de que Pizzolato teria ido de carro até a fronteira com o Paraguai, em uma viagem que teria durado 20 horas. Ele teria atravessado a pé a fronteira, onde um carro o aguardava para levá-lo a Buenos Aires. Da capital argentina, ele pegou um avião rumo à Itália. 

Deputada ítalo-brasileira defende a extradição de Pizzolato

A deputada ítalo-brasileira Renata Bueno, que representa a América do Sul no Parlamento italiano, anunciou nesta quarta-feira que vai defender que a Itália abra processo para extraditar para o Brasil o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato. Ele foi preso com passaporte falso na cidade de Maranello, região norte da Itália. 

A parlamentar ressalta, no entanto, que a decisão sobre a extradição ou não provocará um longo debate entre as autoridades dos dois países, até porque, agora, Pizzolato também cometeu um crime na Itália ao usar um passaporte falso.“Como ele também cometeu um crime na Itália, precisamos num primeiro momento saber como pode se dar esse processo. Já estou em contato com autoridades italianas para verificar essa situação. Mas posso adiantar que o Brasil pode e deve pedir a extradição do condenado no mensalão”, afirmou Renata Bueno. 

Na visão da parlamentar, a dupla cidadania não deveria, neste caso, beneficiar o petista, que foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “A dupla cidadania não pode ser utilizada para proteger criminosos. É preciso evitar que esse direito dado aos descendentes italianos seja usado em favor da impunidade”, disse a deputada ítalo-brasileira.