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Valdemar, Corrêa, Samarane e Rodrigues estão presos

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A Polícia Federal informou na noite desta quinta-feira que todos os mandados de prisão emitidos hoje contra os condenados no julgamento do mensalão foram cumpridos. O ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE) se entregou na Superintendência da PF em Brasília e o ex-executivo do Banco Rural Vinícius Samarane, no edicífio-sede da corporação, sendo depois transferido para a superintendência. Já o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP) e o ex-deputado Bispo Rodrigues (ex-PL, atual PR) se entregaram diretamente no Complexo Penitenciário da Papuda, segundo informou a PF.

Pedro Corrêa foi condenado a sete anos e dois meses de prisão e multa de R$ 1,13 milhão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele e Bispo Rodrigues foram para a capital federal há cerca de duas semanas, quando aumentaram os rumores sobre uma nova leva de prisões. Já Samarane foi considerado culpado dos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira e lavagem de dinheiro, pelos quais foi condenado a uma pena de 8 anos, 9 meses e 10 dias. Valdemar Costa Neto foi condenado a 7 anos e 10 meses e renunciou ao mandato parlamentar assim que sua prisão foi decretada.

Essa é a segunda leva de prisões do mensalão. No dia 15 de novembro, o presidente do STF e relator da ação, Joaquim Barbosa, determinou as prisões de 12 dos 25 condenados, entre eles o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares. Um deles está foragido, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que está na Itália.

Com as prisões de hoje, apenas o deputado Pedro Henry (PP-MT), o delator do mensalão Roberto Jefferson e Rogério Tolentino, ex-advogado de Marcos Valério, ainda não iniciaram o cumprimento de suas penas. No caso de Jefferson, Joaquim Barbosa aguarda o parecer da junta médica do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para determinar se o cumprimento da pena será em regime domiciliar ou na prisão. Quanto a Tolentino, o STF ainda precisa decretar o trânsito em julgado para ele. No caso de Pedro Henry, o Supremo aguarda o parecer da Procurador-Geral da República (PGR) sobre os embargos infringentes impetrados pelo parlamentar.