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Manifestação em SP: confronto deixa marcas de destruição e 56 detidos

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São Paulo - A manifestação de estudantes na noite de ontem (16) na capital paulista deixou um saldo de 56 pessoas detidas, além de lojas e agências bancárias depredadas por black blocs, depois de um confronto com a Polícia Militar. Todos foram encaminhados ao 14º Distrito Policial, em Pinheiros, e liberados em seguida. Quatro policiais ficaram feridos e a PM não soube informar quantos manifestantes se machucaram.

O ato ocorreu em defesa da educação pública no estado e foi promovido por alunos de três entidades públicas: Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Os manifestantes seguiram do Largo da Batata, por volta das 17h30, e caminharam pela avenida Faria Lima. A polícia informou que 25 integrantes mascarados do movimento Black Bloc iniciaram a depredação, por volta das 19h, da concessionária Honda, próximo à Ponte Eusébio Matoso. Os manifestantes se dividiram em grupos menores, às 20h, e alguns seguiram para a Avenida Vital Brasil, outros caminharam pela Avenida Francisco Morato.

Houve confronto quando um grupo atirou pedras e morteiros contra policiais, informou a PM. Os policiais revidaram com gás lacrimogênio e bombas de efeito moral. A PM não confirmou uso de balas de borracha.

Quando o trânsito na Marginal Pinheiros foi liberado, às 20h45, parte dos manifestantes tentou se abrigar na loja de móveis Tock&Stock, que estava aberta aos clientes. Houve tumulto e parte do estabelecimento foi depredada. A polícia chegou a jogar bombas dentro do local.

A Estação Butantã do metrô, da Linha 4-amarela, também foi danificada. Ônibus da Via Quatro foram pichados e quebrados. Cinco agências bancárias também foram parcialmente destruídas, duas do Itaú, uma do Bradesco, uma da Caixa Econômica Federal e uma do Banco do Brasil. Três veículos foram quebrados. 

Os policiais acompanharam cerca de 80 manifestantes que seguiriam até o interior da USP e pararam em frente à reitoria da universidade, ocupada por alunos desde o dia 1º de outubro. Segundo a PM, o protesto terminou às 3h.