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Com risco de novas enchentes, SC suspende aulas e corta energia elétrica

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A iminência de uma nova enchente fez com que as aulas fossem suspensas em municípios da região do Vale do Itajaí, uma das mais afetadas pelas chuvas dos últimos três dias em Santa Catarina. Em vários municípios, o Estado está realizando corte de energia elétrica em áreas com risco de inundação.

Em Blumenau, Itajaí e Rio do Sul, as escolas das redes municipal e estadual não irão funcionar nesta segunda e terça-feira. O volume elevado de chuvas fez com que abrigos fossem ativados nessas localidades para receber famílias durante a noite deste domingo. 

Por prevenção, as Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) começaram a realizar o desligamento preventivo de energia elétrica nas regiões de maior alagamento. Em Itajaí e Blumenau, os cortes começaram no início da tarde deste domingo.

Em nota oficial, a Celesc informou que o corte preventivo de energia é “necessário para garantir a segurança da população” e pediu para que o moradores também desliguem os disjuntores dentro das casas. “A orientação é que todas as pessoas que moram nos locais onde a energia foi cortada desliguem os disjuntores. Nas demais residências, a Celesc orienta o desligamento caso a água comece a invadir a casa”, informou em aviso divulgado na tarde deste domingo.

Deslizamentos preocupam Corpo de Bombeiros

Os deslizamentos de terra configuram no “maior risco” para a população em áreas afetadas pela chuva, segundo o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina. O coronel Gladimir Murer, sub-comandante da corporação, afirmou na tarde deste domingo que o solo encharcado pelas chuvas intermitentes dos últimos três dias e o risco de desmoronamentos estão mobilizando os bombeiros.

“A inundação, por si só, traz danos materiais e muitos problemas, mas permite tempo hábil para que as pessoas deixem suas casas”, afirmou. “O risco de contabilizarmos perdas humanas diante de deslizamentos é que mobiliza todo o Corpo de Bombeiros.”

Na sede da Defesa Civil, Murer lembrou que a maioria das vítimas fatais de 2008 foi registrada em deslizamentos de terra. “A enchente e os alagamentos, por si só, são ocorrências mais calmas, que acontecem gradativamente e que permitem uma reação maior da população”, disse. “Esse cenário não ocorre no deslizamento de encostas, daí a importância do monitoramento constante das áreas de risco.”