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O voto de Celso de Mello foi de uma erudição amazônica

Paulo Brossard ressalta a fundamentação do ex-colega

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O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Paulo Brossard, ressaltou após a sessão de julgamento do mensalão desta quarta-feira (18/9) que o fato do STF ter-se partido ao meio, com votos contrários empatados desde a semana passada, demonstrou a relevância desse processo, que vem sendo discutido não só no judiciário, mas em todo o país. A repercussão desse assunto, disse ele, “foi imensa e, como nenhum outro, teve tanto tempo e espaço no meio jornalístico”.

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O fato dessa decisão ter sido resolvida pelo 11º ministro a votar, afirma o ex-ministro, mostra o quanto esse processo foi extraordinário e raro de se repetir. “O excepcional voto do ministro Celso de Mello não me surpreendeu. Fomos colegas durante muitos anos no STF e, entre as muitas pilhérias que nos eram comuns, eu sempre lhe dizia que suas ementas eram verdadeiras monografias”, afirmou Brossard.

O ex-ministro do STF disse ainda que a longa duração do voto de Celso de Mello não o surpreendeu. Ao longo de duas horas, afirmou Paulo Brossard, ele esquadrinhou todos os aspectos que estavam sendo analisados e colocados em questão. “Acho que qualquer pessoa pode discordar do voto de Celso de Mello, mas ninguém pode dizer que não houve fundamentação”, afirmou Brossard e completou: “Seu voto foi de uma erudição amazônica”.