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Carvalho diz que governo não desistiu de consulta popular sobre reforma política

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O governo não desistiu da ideia de fazer uma consulta popular sobre a reforma política, apesar dos líderes dos partidos na Câmara terem descartado a proposta de um plebiscito. A afirmação foi feita nesta terça-feira pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que defendeu o debate sobre a participação popular na reforma política, mesmo que sejam necessárias outras alternativas. 

“Não vamos abandonar de maneira nenhuma a ideia da consulta, a ideia da participação, a ideia da reforma política, são eixos que se estruturam numa perspectiva de mudar de fato aquilo que o povo quer que se mude, que é nossa cultura política no país”.

Carvalho acredita que o governo não errou ao insistir em um plebiscito com validade para as eleições de 2014. Segundo ele, a ideia era a que melhor respondia às reivindicações populares apresentadas nas manifestações. “Não consigo imaginar um combate adequado à corrupção sem uma reforma política. O povo pediu, quer uma mudança política de profundidade. Acho que a presidenta acertou em cheio quando lançou essa proposta porque ela corresponde exatamente ao anseio mais profundo das ruas que é o anseio pela renovação na política”, disse.

>> Câmara deixa plebiscito em segundo plano e descarta mudanças em 2014

O ministro afirmou também que, diante da decisão dos líderes partidários de descartar o plebiscito, o governo tem que refletir sobre as alternativas para levar adiante a reforma política com participação popular. “Seguiremos dialogando. O governo abriu os ouvidos para as ruas, teve e tem sensibilidade”.

Mais cedo, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, afirmou que a maioria dos partidos defende a realização de um referendo sobre um projeto de reforma política aprovado pelo Congresso, em vez do plebiscito proposto pelo governo. Para tanto, ele criou um grupo de trabalho com o objetivo de elaborar a proposta, que deverá ser votada pelo Plenário em até 90 dias.