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Promotores de SP pedem a transferência de líderes do PCC para presídios federais

Para eles, sistema prisional de SP não assegura isolamento de líderes criminosos

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Promotores de Justiça de Execuções Criminais de São Paulo encaminharam esta semana um ofício ao Procurador Geral de Justiça do Ministério Público do estado, Márcio Elias Rosa, pedindo a transferência de líderes de organização criminosa para presídios federais. Para os promotores, o sistema prisional do estado de São Paulo não tem condições de assegurar o isolamento de líderes criminosos.

O documento, assinado por 12 promotores, foi apresentado durante a reunião entre o governo federal e estadual na última terça-feira (6), quando foram definidas ações para conter a crescente violência em São Paulo. Segundo o ofício, a medida vai impedir que os líderes exerçam influência sobre criminosos presos e soltos.

Ontem (8), foi transferido para um presídio federal de Rondônia o primeiro líder de uma facção criminosa acusado de ordenar a morte de policiais no estado de São Paulo. Francisco Antônio Cesário, conhecido como Piauí, é, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), responsável pelas ordens que resultaram nos primeiros assassinatos de policiais militares. Piauí ordenou, no total, a morte de seis policiais, de acordo com a SSP. Ele foi para a Penitenciária Federal de Porto Velho (RO).

Os promotores mencionam, no texto do ofício, o exemplo de outro criminoso, Roberto Soriano, que, segundo investigação da Polícia Federal, comandava uma quadrilha de tráfico de entorpecentes de dentro da prisão. Foi constatado, também, que outros presos de penitenciárias de segurança máxima lideravam ações criminosas por meio de celular.

Ainda, de acordo com o documento, as transferências dos líderes de facção criminosa para unidades prisionais federais trariam maior sensação de segurança e atuação do Estado. “A transferência de toda a liderança da criminalidade organizada atuante em presídios de São Paulo contribuiria para a redução de crimes e enfrentamento efetivo da crescente criminalidade no estado de São Paulo”, informa, em nota, o Ministério Público do Estado de São Paulo.