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SP: trabalhadores e GM fazem acordo para manter empregos 

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A reunião realizada neste sábado entre sindicatos, autoridades e a General Motors (GM) em São José dos Campos (SP) terminou em um acordo para manter os cerca de dois mil empregos que estavam ameaçados, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, na unidade da fábrica na cidade. Segundo a assessoria da GM, a proposta ainda será avaliada pelos trabalhadores em uma assembleia na próxima terça-feira.

De acordo com a GM, ficou decidido que 900 trabalhadores continuam em seus cargos e que 940 entrarão em lay-off (redução temporária do período normal de trabalho) até 30 de novembro. Além disso, a empresa e o sindicato acordaram que a fábrica continuará com a produção do modelo Classic por pelo menos mais quatro meses.

Na reunião, que durou nove horas, sindicato e GM ainda acertaram um prazo de 60 dias para que sejam oferecidas condições mais favoráveis para garantir a competitividade da unidade de São José dos Campos. Segundo a assessoria da GM, a empresa estava deixando de investir na planta por falta de acordo com o sindicato local.

A negociação, que iniciou às 10h, envolveu a participação de representantes da GM, do Sindicato dos Metalúrgicos, o secretário nacional de Relações do Trabalho, Manoel Messias Nascimento Melo, o secretário estadual de Relações do Trabalho, Carlos Andreu Ortiz, e o prefeito da cidade, Eduardo Cury (PSDB).

Demissões

A montadora deixou de produzir três dos quatros modelos que eram fabricados na Montagem de Veículos Automotores (MVA) de São José dos Campos: o Corsa Hatch, Meriva e Zafira, apenas foram mantidas as atividades em relação ao Classic. Porém, a empresa informou ter aumentado a produção da pick-up S10, no complexo industrial. A projeção do sindicato era de corte de 2 mil empregos.

Com base em estudos feitos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, o sindicato da categoria informou que a GM já cortou 1.189 vagas, entre julho de 2011 e junho de 2012 e que só na unidade de São José dos Campos foram eliminados 1.044 postos. Esse total, segundo a entidade, exclui os 356 trabalhadores que aderiram ao Programa de Demissão Voluntária ocorrido em duas etapas, recentemente.

Na terça-feira, o sindicato afirmou que caso a GM concretize a ideia de realizar uma demissão em massa, cerca de 15,5 mil empregos diretos e indiretos seriam eliminados da cidade, localizada no interior de São Paulo.