O grupo hacker Lulz Security Brasil teria feito outro ataque ao site da Petrobras no qual obteve uma lista com dados de 54 mil contas de e-mails, incluindo endereços de funcionários e setores da empresa. O Jornal do Brasil teve acesso aos dados, ainda não divulgado ao público pelo grupo. Nele, há até supostos dados pessoais do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, do diretor de abastecimento da empresa, Paulo Roberto Costa e da diretora de Gás e Energia, Maria das Graças Foster. Além de nomes completos, e-mails, supostas senhas e endereços da rede interna da empresa, o arquivo tem também dados criptografados que estariam sendo descodificados.
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Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Petrobras manteve a posição de que os servidores da empresa não foram invadidos e que ele ainda estão investigando como os dados vazaram. Um dos hackers da cúpula do LulzSec Brasil disse que acha "normal" a entidade negar a invasão.
"Eles nunca vão assumir que foram invadidos. Eu acho isso uma bela mentira, já que a mídia nunca vai querer expor os dados verdadeiros", disse _tota-x_, pseudônimo de um dos líderes do movimento.
"A prioridade máxima é roubar e vazar quaisquer informações do governo, incluindo e-mails e documentos. Os alvos principais são bancos e outras organizações de alto nível", garantiu neo, outro invasor.
Infraero e Ministério do Esporte
Na manhã deste sábado, o grupo voltou a atacar e tirou o site do Ministério do Esporte do ar novamente. Eles comemoraram o feito através do Twitter.
Na última sexta, a Infraero também foi atacada. A empresa negou o ocorrido e disse que o site saiu do ar para manutenção. No entanto, cerca de uma hora antes do site cair, um dos operadores da LulzSec informou ao Jornal do Brasil que a Infraero seria o próximo alvo.
Apesar de tirar sites do ar e revelar dados sigilosos, os ataques do grupo parecem não ter fins lucrativos. O nome "Lulz" vem da gíria online "lol", que significa "laugh out loud" (rindo alto, em tradução livre). Em todos as suas ações, o LulzSec deixa mensagens e imagens sarcásticas hospedadas nos endereços das vítimas.