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PF faz a maior apreensão de pasta base de cocaína em Pernambuco

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RECIFE - A Polícia Federal (PF) prendeu na tarde de sábado cinco suspeitos de tráfico de drogas no Recife (PE). Entre os presos está um policial militar. Com o grupo, os policiais encontraram 165,2 kg de pasta base de cocaína. Esta foi a maior apreensão de pasta base de cocaína já feita pela PF em Pernambuco.

De acordo com a PF, as prisões são fruto de dois meses de investigações realizadas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes-DRE. Os investigadores descobriram que uma casa no bairro de Iputinga seria local de armazenamento e negociação de uma grande quantidade de pasta base de cocaína. De posse dessas informações e das características físicas dos suspeitos, três equipes da PF se dirigiram ao local para efetuar as prisões em flagrante.

A operação teve início por volta das 13h. Quando o suspeito Wendel Batista Guimarães deixou a residência, foi abordado pelos policiais federais, a quem confessou pretendia transportar em um automóvel Celta três sacolas contendo drogas, com peso total de 57 kg. Em um dos cômodos da casa, os agentes encontraram mais 108,2 kg de pasta base, além de duas armas e R$ 155.860 em dinheiro.

Quando os policiais federais faziam buscas na residência, o suposto líder da quadrilha, Marcos Roberto Marques Lisboa, tocou o interfone da casa e recebeu voz de prisão. Interrogado, Wendel disse aos policiais que ia se encontrar com mais três pessoas - Gilvan Manoel do Nascimento, José João da Silva e o policial militar Arthur José da Silva - que estavam em um bar próximo à sua residência. Segundo Wendel, o trio aguardaria a sua chegada para receber a droga. Os policiais acompanharam o suspeito até o ponto de encontro e prenderam o trio.

Os presos foram autuados por tráfico interestadual de entorpecentes e associação ao tráfico e, caso sejam condenados, poderão pegar penas que variam de 5 a 20 anos de reclusão. A PF considera esta a maior quadrilha de fornecimento de pasta base de cocaína do Estado. Segundo a PF, caso a droga fosse transformada em crack em laboratórios clandestino, seria suficiente para produzir aproximadamente 661 kg do entorpecente, o que corresponde a 2,6 milhões de pedras. O crack seria comercializado na região metropolitana do Recife, agreste e sertão de Pernambuco.

As investigações apontam que o policial militar dava cobertura à quadrilha, fazendo a escolta da droga e informando os membros da organização criminosa a respeito da realização de blitzes ou rondas policiais.