RIO - A queda da fecundidade e, em menor grau, a queda das taxas de mortalidade do brasileiro fazem a população do país envelhecer, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados divulgados do Censo 2010 mostram que esse processo vem sendo contínuo no Brasil.
Atualmente, 24,1% da população brasileira é menor de 14 anos. Em 1991, a representatividade dessa faixa etária era de 34,7%. Outro fenômeno verificado é o aumento contínuo da representatividade de idosos. Segundo o Censo 2010, 7,4% da população têm mais de 65 anos, contra apenas 4,8% em 1991.
Diferenças regionais
Apesar de ser uma tendência constante no país, existem consideráveis diferenças regionais. A região Norte, onde a fecundidade na década de 1980 era de seis filhos por mulher, ainda registra uma grande representatividade de jovens em sua população - embora a faixa etária de 0 a 30 anos tenha caído de 14,3%, em 1991, para 12,7% em 2000 e, finalmente, para 9,8% em 2010.
Já a população idosa nessa região aumentou de 3% (1991) para 3,6% (2000), até atingir 4,6% (2010). O Nordeste também apresenta elevada população jovem. Assim como o restante do país, se encaminha para o envelhecimento.
Já as regiões Sul e Sudeste são as que demonstram as maiores taxas de envelhecimento, sendo 8,1% de ambas populações tendo 65 anos ou mais. No Sul, a população menor de 5 anos é de 6,5%, enquanto no Sudeste é de 6,4%. O fenômeno nestas regiões se dá devido à queda na fecundidade já a partir dos anos 1960. O Centro-Oeste apresenta estrutura etária intermediária, próxima à média do país.