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Em visita à Suécia, Lula confirma popularidade e discute etanol

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Agência JB

RIO - Em visita ao países nórdicos o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta terça-feira, na Suécia, que está convencido de que os negociadores da rodada de Doha podem chegar a um acordo de livre comércio, mesmo que não seja o ideal, e afirmou que o Brasil e a Suécia querem estimular a União Européia a abolir taxas de importação do etanol.

As medidas servirão para promover o uso da bioenergia e incentivar a criação de um mercado mundial de biocombustíveis, principalmente de etanol. A promoção dos combustíveis alternativos é o objetivo da viagem de Lula.

A Suécia também anunciou uma proposta de abolir uma sobretaxa de importação do etanol brasileiro até 2009. A eliminação da taxa, equivalente a US$ 0,75 e US$ 1,50 por litro adotada em 2006, depende de aprovação da Comissão Européia, disse um representante do governo sueco.

Na primeira visita de um chefe de Estado brasileiro à Suécia, Lula desfilou em carro aberto ao lado do rei Carlos XVI Gustavo, enquanto a primeira-dama, Marise Letícia, vinha num outro veículo acompanhada pela rainha Silvia. Muitos brasileiros acenavam para o presidente durante o percurso.

Em entrevista coletiva com o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, Lula disse que o memorando assinado nesta terça-feira é "muito importante", pois permite ao Brasil avançar na área da pesquisa.

O documento facilitará também um dos projetos do Governo de Lula: dar aos países africanos a "oportunidade" de assinar acordos bilaterais com nações desenvolvidas para fornecer matérias-primas para biocombustíveis.

Lula concordou com Reinfeldt sobre a necessidade de eliminar a tarifa imposta pela União Européia (UE) ao etanol importado. O Governo sueco quer cancelar a medida antes do dia 1º de janeiro de 2009, como forma de pressionar o bloco.

Essa sobretaxa ao etanol do Brasil foi introduzida no ano passado como forma de proteger a indústria doméstica. Trata-se de uma taxa adicional às tarifas impostas pela União Européia ao produto brasileiro, que chegam a 55%. Como país membro da União Européia, a Suécia está atrelada ao bloco e, portanto, é impedida de tomar a decisão unilateral de abolir as barreiras tarifárias adotadas pela Europa como um todo. O presidente Lula ressaltou que a decisão da Suécia, que representa uma barreira a menos às importações de etanol do Brasil, é um passo importante para a adoção da tarifa zero.

(Com agências)