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Calheiros não pode comprovar renda de R$ 236 mil

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Portal Terra

RIO - A perícia realizada pela Polícia Federal (PF) concluiu que não é possível comprovar nenhuma das vendas de gado alegadas pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, em 2004, no valor de R$ 236 mil. Segundo a PF, os pagamentos não estão acompanhados de notas fiscais. De acordo com o Jornal Nacional, o laudo diz que há diversas inconsistências na documentação apresentada ao Conselho de Ética da Câmara.

Calheiros pretendia provar a origem dos seus rendimentos agropecuários, mas os peritos da PF confirmaram que as empresas que teriam feito negócios com o senador não estão habilitadas para o comércio.

Ainda segundo a perícia, as notas fiscais e guias de trânsito animal não batem com os recibos apresentados por Calheiros. As quantidades de bois vendidos mensalmente são divergentes daquelas informadas nas guias. Em 2006, há notas fiscais para venda de 921 animais e guias de trânsito para apenas 340.

Algumas guias indicam ainda outros vendedores de gado: 549 amimais estão em nome da mãe do senador, Ivanilda Calheiros, e de Regina Magalhães e Reni Calheiros, irmãos de Renan.

Calheiros apresentou três recibos e três notas fiscais para vendas ao açougue Stop Carnes. A Polícia Federal apurou que esta empresa estava inabilitada para fazer negócios. Os recibos em nome da Carnal, de João Teixeira do Santos - que negou ter negociado com o senador - aparecem anexados a dois cheques da empresa J.F. da Silva, que está inativa. Já a nota fiscal da suposta transação está em nome de José Cássio da Rocha, casado com a proprietária do Açougue São Jorge, em Maceió.