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Professores fazem greve, mas mantêm escolas abertas em Pernambuco

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Agência Brasil

RECIFE - Professores de 1.105 escolas públicas da rede estadual de ensino de Pernambuco que decidiram, na última sexta-feira, deflagrar greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira, estão mantendo diversas unidades de ensino abertas.

A intenção é explicar aos pais e estudantes o motivo da paralisação. Com a suspensão das atividades, mais de um milhão de alunos ficam sem aulas.

Os docentes reivindicam reajuste salarial de 16%, convocação de aprovados no último concurso público, criação de um modelo padrão de qualidade nas escolas, fixação de um piso salarial e abertura de concurso para contratar auxiliares e funcionários.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Heleno Araújo, disse que a greve foi a alternativa encontrada devido à falta de avanço nas negociações da pauta de reivindicações com o governo estadual, entregue há três meses, contendo 15 itens.

- O principal pleito é a valorização profissional. Queremos elevação do salário-base para todos os segmentos da educação - explicou.

Segundo ele, mais de 5 mil professores concursados estão recebendo salário-base de R$ 347,00 por 30 horas semanais de serviço e outros 957 ganham salário-base inferior ao mínimo. Para Heleno Araújo, esse pode ser um dos motivos pelos quais Pernambuco obteve, na última avaliação realizada pelo Ministério da Educação, o pior índice de desempenho do ensino básico do país.

Na terça-feira, os servidores da educação fazem caminhada às 14h pelas ruas do centro de Recife. Na quarta-feira, uma comissão de grevistas será recebida por representantes do governo estadual.

Em nota divulagada na semana passada, o governo do estado alegou que primeiro precisa fazer o ajuste fiscal nas contas para depois negociar o aumento da remuneração com os trabalhadores da área de educação. Na quinta-feira,14, haverá assembléia para avaliação dos rumos do movimento.