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Especialistas debatem alternativas para reduzir mortalidade materna

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Agência Brasil

RECIFE - Alternativas para reduzir o índice de mortalidade materna em Pernambuco serão debatidas nesta segunda-feira por especialistas e representantes de entidades de defesa dos direitos da mulhere. O encontro, na sede da Secretaria Estadual de Saúde, integra a programação do Dia Internacional de Combate à Mortalidade Materna.

De acordo com Sandra Valongueiro, coordenadora do Comitê Estadual de Estudos da Mortalidade Materna, a cada 100 mil partos no estado, 80 mães morrem. Ela disse que as principais causas da mortalidade elevada das gestantes pernambucanas são hipertensão, hemorragias, infecções e complicações. A coordenadora destacou algumas das propostas a serem apresentadas à Secretaria Estadual de Saúde.

- É necessário melhorar a assistência obstétrica em todos os níveis, principalmente o pré-natal. É preciso atuar com maior eficiência na região do sertão e na área metropolitana, onde a mortalidade de mães é mais elevada.

Sandra Valongueiro disse ainda que em Pernambuco o problema de mortes durante a gestação, parto e pós-parto ocorre principalmente com mulheres pardas ou negras, de baixa escolaridade, solteiras, que não exercem atividades fora do lar e agricultoras.

Dados do Comitê Municipal de Estudos da Mortalidade Materna indicam que no Recife 98% das mortes em conseqüência de gravidez, aborto, parto e pós-parto, poderiam ter sido evitadas com a oferta de assistência de qualidade à saúde sexual e reprodutiva.