Portal Terra
RONDONÓPOLIS - O delegado regional de Rondonólpolis, João de Moraes Pessoa Filho, responsável pela investigação da Polícia Civil que vai apurar a simulação que deixou um menino morto e 11 pessoas feridas neste sábado, em Rondonópolis, no Mato Grosso, afirmou que os sete policiais que participaram da operação foram afastados.
De acordo com o delegado, já foi aberto inquérito policial e todas as armas utilizadas (de calibres 12 e 762) foram entregues para perícia, assim como os laudos solicitados ao IML.
- Em nenhum momento a PM agiu de forma corporativista -, afirmou Pessoa Filho.
Cerca de 600 pessoas que participavam, na manhã deste sábado, do Mutirão da Cidadania em Rondonópolis, município localizado a 220 km de Cuiabá. Durante o evento, policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE) da PM fizeram a simulação de um seqüestro. De acordo com o delegado, na apresentação, dois "bandidos" e uma "vítima" estavam posicionados dentro de um microônibus. Um grupo de sete policiais teria entrado no veículo atirando. Neste momento, ouve tumulto e percebeu-se que algumas disparos eram de balas normais, e não de festim.
- Os próprios policiais perceberam que algo estava errado e as pessoas estavam sendo atingidas. O Samu foi acionado e chegou em 3 minutos. De antemão não houve dolo, os tiros foram acidentais -, disse o policial.
- O que ocorreu foi imperícia ou negligência. O PM teria obrigação de checar o armamamento e a munição -, completou.