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Brasil bate recorde com plantio de um bilhão de árvores comerciais

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Agência Brasil

BRASÍLIA - O Brasil bateu o terceiro recorde histórico no plantio de árvores comerciais em 2006. Segundo levantamento divulgado nessa semana pela Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, esse foi também o quarto ano consecutivo de crescimento. Os produtores plantaram um bilhão de mudas de árvores, numa área de 627 mil hectares - 13% superior aos 553 mil hectares do ano anterior. Eucalipto, pinus e teca ocupam a maior parte da área plantada no ano passado, mas o estudo da Secretaria computou também o plantio de espécies como seringueira - principalmente em São Paulo e no Espírito Santo - e da árvore nativa paricá, na região Norte.

A área plantada aumentou em todas as regiões, com destaque para Centro-Oeste (26%) e Sul (36%). O menor crescimento foi no Sudeste (3%), região que mantém, ao lado do Sul, as maiores áreas de produção do país: 72% em 2006. Os estados de Minas Gerais (145 mil hectares), São Paulo (98 mil) e Rio Grande do Sul (90 mil) detêm as maiores regiões de plantio. Já Amazonas, Acre e Rondônia ultrapassaram os 500 hectares plantados no ano passado (o estudo não incluiu unidades da federação abaixo deste número). Nos últimos três anos, subiu de 14 para 21 o número de estados com áreas de plantio comercial acima de 500 hectares.

O estudo também revelou que houve crescimento da participação do pequeno e médio produtor florestal na atividade. A área plantada por esses dois grupos rurais cresceu 616% em quatro anos. Em 2002, eram apenas 7,8% do espaço de plantio. No ano passado, essa área saltou para um quarto do total da produção comercial do país.

- Este crescimento da participação do pequeno produtor revela uma mudança no perfil social das florestas plantadas no Brasil, que tradicionalmente se concentrava em grandes plantios de empresas - explicou Tasso Azevedo, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente.

Os dados divulgados pelo ministério foram levantados a partir do cruzamento de informações de secretarias estaduais de Meio Ambiente, empresas florestais e consumidoras de madeira, produtores de sementes, viveiristas e universidades.