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Tumulto marca reunião sobre CPI do Apagão Aéreo

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Portal Terra

BRASÍLIA - Gritos, tapas na mesa, dedos em riste, bate boca entre deputados. A estratégia da oposição para tentar adiar a votação do recurso do PT, contrário à instalação da CPI do Apagão Aéreo, provocou um clima de tumulto e de embate acirrado com o governo na reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O clima ficou mais tenso depois do novo caos aéreo iniciado no domingo nos aeroportos do País.

A ação da oposição teve início quando os deputados requereram a discussão da ata da reunião anterior, uma manobra para postergar os trabalhos da comissão. A ata foi discutida, votada e aprovada. Depois passou-se à apreciação dos demais requerimentos da pauta. Nesse ponto, os ânimos se acirraram.

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pediu a inversão de pauta, para que o recurso do PT fosse votado antes dos outros requerimentos. O presidente da CCJ, Leonardo Pisciani (PMDB-RJ) colocou o requerimento em votação de os deputados da oposição começaram a gritar: - É golpe! É golpe!.

O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), que, na semana passada, foi o principal atuante na tarefa de postergar a votação chegou a dizer que o presidente da CCJ não tinha autoridade para colocar o requerimento em votação. - O senhor está rasgando a Constituição Federal o tempo todo - atacou, aos gritos, ACM Neto.

Esta é a segunda discussão na CCJ do recurso do PT contrário á instalação da CPI. Na semana passada, o relatório do deputado Colbert Martins (PMDB-BA) foi apresentado. O texto recomendou a aprovação do recurso do PT, ou seja, abortar a CPI. O relator alega que o argumento do PT de que não há fato determinado é procedente.

A estratégia da oposição é que o recurso do PT que encerra a CPI não seja aprovado na CCJ, antes da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que analisa um mandado de segurança, com pedido de liminar, solicitando a instalação imediata da CPI.