Agência Brasil
BRASÍLIA - O Palácio do Planalto não pretende mandar nenhum projeto de reforma política para o Congresso Nacional. A posição do governo foi ressaltada pelo ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro. Segundo ele, o Executivo vai se manter isento por duas razões: porque há um projeto sobre o tema em tramitação no Parlamento, e para evitar que pareça um debate entre oposição e governo, o que não seria saudável para um assunto dessa relevância para o país .
A declaração do ministro foi feita logo após se reunir no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) com o presidente da entidade, Cezar Brito, e com o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Rodrigo Collaço. No encontro foram discutidos pontos da reforma política. - Houve um entendimento entre nós de que o tema deva ter um profundo debate no Parlamento. O que podemos fazer é contribuir para que essa discussão se aprofunde - disse.
Na mesma reunião, o ministro, a OAB e a AMB fecharam questão de que um programa mínimo sobre a reforma política deve caminhar rápido no Congresso Nacional. Esse programa, segundo Tarso Genro, incluiria três pontos fundamentais: a fidelidade partidária, a votação em lista e o financiamento público de campanha.
- Se não atravessarmos esses pontos, a reforma não sai - frisou o ministro.