ASSINE
search button

Gestão Social com Qualidade deve fiscalizar aplicação de recursos

Compartilhar

Agência Brasil

BRASÍLIA - O diretor de Capacitação do MDS, Raimundo Arias, disse que a expectativa é que, além de resultar na melhoria do atendimento da população beneficiada pelas ações na área social, o programa Gestão Social com Qualidade seja uma forma de fiscalizar a correta aplicação dos recursos públicos.

- À partir da capacitação, vamos ter resultados que vão levar a melhoria da eficiência, ou seja, uma utilização mais adequada de recursos humanos, financeiros, tecnológicos e também a melhoria da eficácia das ações.

O governo federal anunciou que vai investir R$ 15 milhões na capacitação de 15,6 mil gestores municipais e estaduais que atuam na área social com o programa, lançado hoje (27) pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

O secretário de Avaliação e Gestão da Informação do MDS, Rômulo Paes, disse que problemas na aplicação da verba repassada pelo governo federal nem sempre ocorrem por má-fé dos gestores estaduais e municipais, mas também podem ser causados por desinformação desses funcionários.

- Quando a gente melhora a qualidade das informações que esses trabalhadores da assistência social estão operando, estamos fazendo com que se evite esse tipo de problema e, ao mesmo tempo, dando elementos para que ele (o gestor) possa ter uma ação de vigilância para sobre se o programa está sendo aplicado de forma adequada e corrigindo os equívocos que ele observar nesse caminho - explicou Paes.

A capacitação dos gestores tem apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). De acordo com Rômulo Paes, o programa Gestão Social com Qualidade tem um componente inédito em relação a capacitações anteriores, a padronização dos conteúdos.

- Pela primeira vez se faz uma mobilização em nível nacional, coordenada pelo poder público federal, com conteúdo definido em parceria com os níveis municipais e estaduais, que é o mesmo conteúdo que vai ser aplicado em todos os lugares onde se der o curso.

O secretário destacou que, no caso dos cursos presenciais, poderão ser feitas algumas adaptações no conteúdo do curso, levando em conta peculiaridades do município.

De acordo com o secretário, o número de funcionários que trabalham na área de assistência social vem crescendo nos últimos anos no país e a implantação do programa se deve justamente a esse aumento. Segundo ele, hoje são cerca de 140 mil trabalhadores envolvidos em programas na área.

- Várias iniciativas do governo federal criaram novos programas ou fortaleceram programas que já existiam, e o surgimento de mais políticas levou as prefeituras a contratar mais pessoas para essas atividades - explicou.

- São pessoas que estão chegando e, mesmo aqueles antigos trabalhadores da assistência social que militam nessa área tem novos conteúdos para aprender - completou o secretário.