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Ministério da Saúde questiona método de estudo da Unicef

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Agência Brasil

BRASÍLIA - O Ministério da Saúde questiona a metodologia do estudo divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) sobre a taxa de mortalidade de crianças abaixo de 5 anos. Segundo o ministério, as regras utilizadas provocam uma estimativa que superestima a taxa de mortalidade infantil. A diferença entre a estatística divulgada pela Unicef e o dado oficial do governo é de cerca de quatro óbitos a menos a cada amostra de mil nascidos vivos.

"As estimativas da taxa de mortalidade infantil e da taxa de mortalidade na infância divulgadas pelo Unicef para 2005 apresentaram valores de 31 e 33 óbitos por mil nascidos vivos, respectivamente; a estatística oficial do Ministério da Saúde estima uma taxa de mortalidade infantil de 22,58 óbitos por mil nascidos vivos e uma taxa de mortalidade na infância de 26,85 óbitos por mil nascidos vivos em 2004', registra a nota oficial.

A tendência do índice no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, é de queda desde 1996, quando passou de 33,7 mortes por mil nascidos vivos para 22,58 óbitos por mil nascidos vivos em 2004. Uma redução de 33%.

'O Unicef, ao apresentar um valor tão alto para a mortalidade infantil no Brasil, não divulgou o método usado para esta estimativa e, também, não buscou qualquer discussão com a área técnica do Ministério da Saúde, responsável pelo cálculo da taxa', afirma.

Segundo o Ministério da Saúde, a metodologia utilizada pelo governo para medir a mortalidade infantil leva em conta um consenso com a Rede Interagencial de Informações para a Saúde (Ripsa), da qual fazem partes diversas instituições, como a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Faculdade de Saúde Publica da Universidade de São Paulo (USP), a Fundação Seade, e a Fundação Oswaldo Cruz. O cálculo é feito a partir de uma uma mistura de dados de diferentes fontes para respeitar situações regionais, segundo o ministério.

A nota oficial conclui que o Ministério da Saúde 'está aberto para um debate com a sociedade brasileira sobre o problema da mortalidade infantil no Brasil e o método de cálculo dessa taxa'.