Reuters
BRASÍLIA - O ministro da Cultura, Gilberto Gil, recebeu nesta sexta-feira convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para permanecer no cargo durante o segundo mandato, que começa em janeiro, mas não deu resposta.
- Preciso examinar melhor - disse Gil a jornalistas na saída do Palácio do Planalto, depois de confirmar o convite.
Na terça-feira, o ministro, que é filiado ao PV, terá novo encontro com Lula, segundo a direção do partido. O PV aceitou participar do governo de coalizão, proposta apresentada pelo ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, mas a decisão de Gil será pessoal.
Lula já sabe que não poderá contar para o segundo mandato com o ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, sem filiação partidária mas bastante ligado ao PT e ao próprio presidente.
- Deixo o ministério no primeiro dia de janeiro, bastante honrado por ter participado desse primeiro governo Lula - disse Bastos num encontro com jornalistas esta semana em Brasília. Ele disse que Lula ainda não escolheu o substituto.
Segundo o ministro Tarso Genro, Lula vai começar o segundo mandato sem ter concluído a reforma do atual ministério. Apenas "dois ou três" novos ministros, segundo Genro, devem tomar posse na cerimônia oficial.
Lula, que está organizando um governo de coalizão com sete partidos e o apoio parlamentar de mais três, tem dito que só fará mudanças depois que ficar mais clara a eleição das mesas da Câmara e do Senado, em fevereiro.
Dirigentes do PT, PCdoB, PSB e PRB discutiram hoje em Brasília a participação de militantes partidários e movimentos sociais na festa de posse.