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Energia de usinas térmicas só será retirada do sistema após teste

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Agência Brasil

RIO DE JANEIRO - O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse nesta quinta-feira que continua valendo a portaria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), determinando a retirada, do sistema, de 2.880 megawatts (MW) de usinas térmicas que não tinham energia para operar porque não recebiam gás.

Chipp ressalvou que a portaria da Aneel só será aplicada após a realização de testes pelo ONS, previstos para dezembro e janeiro próximos. Nos testes, será apurado o que existe de energia disponível no sistema e só então as térmicas poderão ser retiradas.

Pela manhã, durante seminário em Brasília, o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, havia afirmado que 'se de um lado estivermos retirando térmicas - e as que não têm lastro certamente sairão -, de outro lado configura-se um período favorável para os recursos hídricos, o que de certa forma anula o efeito'.

Segundo esclareceu a assessoria de imprensa da Aneel, a Resolução nº 237, aprovada na terça-feira (28), determinou que o ONS teria de incluir em seu Programa Mensal de Operação Eletroenergética (PMO) a real disponibilidade das usinas em termos de geração de energia e a geração não atendida por falta de combustível, especialmente o gás natural.

Os 2.880 MW que poderão ser retirados correspondem à diferença entre a disponibilidade declarada por cerca de dez termelétricas e a real disponibilidade apresentada pelas usinas em outubro.

Chipp observou que a constatação de que as usinas não estavam funcionando coincidiu com a redução do fornecimento de gás da Bolívia, o que deverá estar regularizado em dezembro.

- A partir dos testes a serem realizados, se ficar comprovado que as térmicas não têm gás para funcionar, a portaria da Aneel vai valer - garantiu.

Entre agosto e setembro deste ano, a Aneel verificou que havia restrição para algumas usinas operarem, por falta de gás. Mas o diretor-geral do ONS reiterou que não há risco de desabastecimento de energia no Brasil nem este ano, nem no próximo. Ele também demonstrou otimismo em relação a 2008 que, segundo analisou, deverá mostrar um nível de água nas hidrelétricas superior ao de 2007.