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Cerca de cinco mil sem-terra ocupam porto de Maceió

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Agência JB

RIO - Cerca de 5 mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e de outros grupos defensores da reforma agrária ocuparam nesta quinta-feira todas as intalações do porto de Maceió. Entre as reivindicações, eles exigem a desapropriação de uma fazenda em Alagoas.

A ocupação paralisou as atividades do porto de Maceió, de onde o Brasil exporta anualmente 1,3 tonelada de diferentes produtos, principalmente açúcar e etanol (combustível derivado da cana de açúcar).

Os sem-terra, que até esta quarta-feira estavam acampados na praça Sinimbu, no centro de Maceió, decidiram ocupar o porto em vez de desmontar as barracas e retornar a seus lugares de origem, como tinham prometido.

Os agricultores ocuparam todas as instalações do porto, inclusive os escritórios da administração.

Os manifestantes, principalmente os do MST, ameaçam permanecer no porto até que representantes do Governo compareçam ao local para ouvir suas reivindicações.

- Escolhemos o porto porque por aqui passam riquezas, e assim atrairemos a atenção do Governo. Precisamos discutir com urgência 23 pontos da nossa pauta - afirmou um dirigente do Movimento de Libertação dos Sem-terra (MLST) que se identificou apenas como Marrom em uma entrevista coletiva improvisada.

A principal reivindicação é a desapropriação de uma fazenda no interior de Alagoas que pertencia à Usina Agrisa, que faliu há dois anos.

Os sem-terra pedem desde então que o Governo exproprie as terras e as distribua, como parte do programa de reforma agrária, o que pode beneficiar cerca de duas mil famílias de sem-terra.

Os manifestantes também exigem que a direção regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) em Alagoas agilize a distribuição de recursos previstos em seu Orçamento para este ano.

Com EFE