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Lula reafirma disposição de criar política de desoneração fiscal

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Agência Brasil

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou nesta sexta-feira a disposição do governo de criar uma política de desoneração fiscal para facilitar as vendas da indústria.

- Quanto mais uma empresa vender, mais trabalhadores ela poderá contratar, e assim estes vão poder dedicar uma vida mais digna às suas famílias - afirmou o presidente no discurso em São Bernardo do Campo (SP), nas comemorações dos 50 anos de inauguração da fábrica da Mercedes Benz no Brasil, atualamente Daimler Chrysler.

O presidente lembrou que está há 15 dias fazendo reuniões sistemáticas, quase todos os dias, com os ministérios, para criar fórmulas capazes de destravar o país, desobstruir as amarras legais, os impasses da economia, do meio ambiente e de outras instituições, que, segundo ele, parece que foram criadas para evitar que o Brasil dê o alto de qualidade que precisa dar.

- Desde os anos 80 este país extraordinário cresce a índice muito pequeno - afirmou, lembrando que em 2004 o crescimento foi de 5%, mas em 2005 só chegou a 3%. - Achamos que tem uma trava atrapalhando, uma série de penduricalhos impedindo que o Brasil dê um salto de qualidade.

O presidente Lula disse que as reuniões que vem mantendo visam submeter ao Congresso Nacional mudanças na legislação para destravar o país, para que cresçam os investimentos, para que os estados possam investir mais e as empresas tenham condições de vender mais.

O presidente mencionou a criação do programa Pró-Caminhoneiro, um incentivo para a compra de novos caminhões com crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Essa política vai permitir não só a renovação da frota de ônibus e caminhões, mas também que a indústria automobilística tenha um dinamismo maior, garantindo não apenas o emprego de seus trabalhadores, mas também a criação de dezenas ou centenas de milhares de novas vagas.

O presidente afirmou que em seu primeiro mandato foi possível executar a mais forte política social já feita no país, assim como a maior política de transferência de renda.

- Além disso, conseguimos solidificar a credibilidade externa e interna do Brasil. Conseguimos na macroeconomia dar sustentabilidade, e estabelecer a confiança que o povo brasileiro precisava para que a gente empunhasse outras esperanças e outras expectativas na cabeça do povo brasileiro - disse.

O governo que vai se iniciar no segundo mandato a partir de janeiro, segundo Lula, estará concentrado em três pilares básicos: desenvolvimento, distribuição de renda e educação de qualidade.