Ainda no clima de transição de governos, sete ministros da presidente Dilma Rousseff tomaram posse ontem. Entre eles, o novo chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, que retorna ao primeiro escalão do governo após quatro anos.
Marcado pelo escândalo da quebra de sigilo do caseiro Francenildo Costa, Palocci avisou que terá uma atuação mais discreta do que quando era ministro da Fazenda no governo Lula, e que será “extremamente econômico” no contato com a imprensa.
Disse, ainda, que a interpretação de que ele atuará como articulador político de Dilma “não é real”.
– Caro Luiz Sérgio, conte sempre com meu apoio, mas a bola é toda sua – afirmou em referência ao novo ministro de Relações Institucionais.
Palocci também anunciou a transferência do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa, Minha Vida para o Planejamento.
Sem espetáculos Ao tomar posse ontem como ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu um pacto entre as esferas de poder para a luta contra a cri minalidade. Reconheceu, no entanto, que poderá haver alguma dificuldade com os governadores de São Paulo e Minas Gerais, Geraldo Alckmim e Antonio Anastasia, ambos do PSDB. Mas, disse acreditar que as diferenças possam ser superadas. Além disso, ele defendeu atuação mais discreta da Polícia Federal.
– A PF tem de ser uma polícia de Estado, não de governo, sem espetacularização de ações – afirmou.
Também tomaram posse ontem a jornalista Helena Chagas, nova secretária de Comunicação Social; Antônio Patriota, no Ministério das Relações Exteriores; Tereza Campello, que passa a comandar o Desenvolvimento Social e Combate à Fome e Gilberto Carvalho, que passou para a Secretaria-Geral da Presidência da República.
Hoje, estão previstas as posses de outros 20 ministros. O último a integrar oficialmente o primeiro escalão do governo será Moreira Franco, que assume a Secretaria de Assuntos Estratégicos amanhã.
Com Agência Brasil REDIVIVO – Palocci volta ao primeiro escalão após seu afastamento, há quatro anos.
Por Mauro Santayana: [email protected]