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O presidente Temer, os três PMDBs, os dois PSDBs, a reforma da Previdência e Imbassahy

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A um ano das eleições, o Brasil vive uma crise política que, com certeza, se agravará nos seis meses anteriores a outubro de 2018, data em que os eleitores irão às urnas.

Tendo as reformas atrasadas ou não, a sucessão divide o PMDB em três grupos. O grupo de parlamentares que vão apoiar Lula, o grupo que vai apoiar Geraldo Alckmin e o grupo que tem certeza que não vencerá as eleições, e não podem perder esses últimos momentos de poder para  terem mai$.

O que se vê é que a substituição do ministro secretário de Governo, responsável pelas negociações parlamentares, já antecipa a crise. 

O ministro Antônio Imbassahy, indicado pelo senador tucano Aécio Neves e que entrou pela porta da frente do governo, foi peça chave para que a crise do presidente Michel Temer não se antecipasse na votação da primeira denúncia contra ele. Esse grupo não aceita em nenhuma hipótese sair hoje pela porta fundos. Sorte do governo e talvez do pais. 

As reformas enfrentam dificuldades para serem aprovadas, e necessitam de um número elevado de parlamentares - 308 - votando a favor. Grande parte do PMDB, que quer se eleger às custas de Lula, já não apoia mais as reformas. Outros peemedebistas querem aderir a Geraldo Alckmin ou a outro tucano, seja o que for, pois para este grupo não há candidatos, e sim oportunidades de poder. O governo conta com aqueles que, sabendo que não voltarão, aceitam qualquer negócio.

Se Imbassahy sair,  o governo perde todos os parlamentares tucanos. Perde os que já não tem e também os ligados a Aécio e Marconi Perillo. Imbassashy representa também esse grupo.

O governo tomou consciência, ontem, daquilo que os peemedebistas dizem que Imbassahy nunca conseguiu: o apoio total do PSDB. Hoje, sabe que Imbassahy não conseguiu o que eles queriam que conseguisse. Mas também se ele sair, não conseguirão mais nada de vitória.

Isso observamos agora. Imaginem quando se aproximar o fim. Acredita-se inclusive que pode haver dificuldade até para o café ser servido no Planalto.