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A estratégia sem estratégia

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Se vier a dar resultado, a operação de segurança instalada no Rio de Janeiro - que o mundo sabe que é a caixa de ressonância do Brasil -, repercutirá em todo o país, fazendo com que a delinquência, fundamentalmente a do tráfico, se amedronte.

Esse deve ter sido o exercício feito pela inteligência da operação. Para que se possa ter sucesso, ação final deve ser a destruição do comando do tráfico, que hoje é a ação alavancadora da delinquência. Em torno do tráfico se aglutina uma população jovem que, aos 11 anos, já é chamada a fazer serviço de "vapozeiro".

Este deve ser o fundamento da operação, pois não adianta só vigiar sem acabar com aqueles que assaltam e matam, e que se originam exatamente no tráfico.

Notícias divulgadas recentemente, sobre a apreensão de grande volume de armamento pesado, mostram a força bélica dos traficantes. Por todas essas informações, a inteligência da operação já deve ter constatado o tamanho da responsabilidade na missão de desmantelar este comando. Se a missão for fracassada, poderá ser a derrocada da própria Segurança Nacional.

Não adianta só o passeio. A violência no Rio não vai ser combatida só com remédios. O problema é de cirurgia. E nessa cirurgia não pode haver erro, senão o país se contamina com a septicemia.